A cidade de Serrana, no interior de São Paulo, passou por um processo de vacinação em massa contra a Covid-19 e teve mais de 97% da população imunizada. Agora, os resultados começam a aparecer e o município viu uma queda drástica nas mortes pela doença. Os casos sintomáticos de Covid-19 despencaram 80%, as internações, 86%, e as mortes, 95% após a segunda dose do último grupo.

O Projeto S, do Instituto Butantan, tem como objetivo verificar a eficácia da CoronaVac o mundo real e determinar se o imunizante é capaz de diminuir a transmissão da Covid-19.

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Resultados da vacinação em Serrana

Os resultados mostram que a vacinação protege tanto os adultos que receberam as duas doses do imunizante quanto as crianças e adolescentes com menos de 18 anos, que não foram vacinados. “A redução de casos em pessoas que não receberam a vacina indica a queda da circulação do vírus. Isso reforça a vacinação como uma medida de saúde pública, e não somente individual”, disse Ricardo Palacios, diretor de ensaios clínicos do Instituto Butantan.

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Outro dado importante é quando os números de Serrana, depois da vacinação, são comparados com cidades vizinhas. Cerca de 10 mil moradores do município trabalham em Ribeirão Preto diariamente. Mas enquanto a outra cidade está com os casos aumentando, Serrana registra queda. Isso mostra que a vacinação também evita que as pessoas que saem da cidade tragam o vírus para dentro.

“Não precisamos criar ilhas para atingir a imunidade da população”, completa Palacios. “Nós conseguimos satisfazer a vontade das pessoas de retomarem suas vidas quando a vacina é ofertada. Isso nos gera uma luz de esperança”, finaliza. “As importantes conclusões do estudo em Serrana poderão embasar as estratégias de vacinação no Brasil e no mundo, e oferecem uma esperança do controle da pandemia com vacinas como a CoronaVac”, afirma o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

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“A vacina é segura, eficaz, eficiente, de altíssima qualidade, e contribui para prevenir o desenvolvimento da doença, complicações e óbitos entre os infectados. Agora também sabemos que ela provoca efeito benéfico em uma população inteira, protegendo tanto os vacinados quanto os não vacinados e reduzindo a circulação viral de forma expressiva”, completa Dimas Covas.

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