Após o escândalo da Cambridge Analytica, o Facebook foi multado pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC na sigla em inglês) e foi revelado que a empresa pagou um valor extra, de US$ 4,9 bilhões, para proteger o fundador da plataforma, Mark Zuckerberg.

O valor acordado foi necessário para remover o nome do CEO do processo e das reclamações da FTC. Na condenação, a Justiça entendeu que o Facebook não agiu de forma correta com os usuários, ao não ser claro em relação a que tipo de dados empresas terceirizadas tinham direito.

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A investigação da FTC sobre o caso Facebook-Cambridge Analytica foi desencadeada por alegações de que a rede social violou um decreto de consentimento de 2012. O princípio foi violado por causa do compartilhamento de informações pertencentes a 87 milhões de usuários com a Cambridge Analytica. A pena de hoje foi decretada pela FTC por unanimidade.

Processo contra Mark Zuckerberg

“Mark Zuckerberg, [chefe de operações Sheryl] Sandberg e outros diretores do Facebook concordaram em autorizar um acordo multibilionário com a FTC como uma troca expressa para proteger Zuckerberg de ser citado na reclamação da FTC, sujeito a responsabilidade pessoal ou mesmo exigido para se sentar para um depoimento”, diz um processo aberto por acionistas do Facebook, segundo o The Guardian.

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De acordo com o processo, caso o CEO do Facebook tivesse sido mencionado na ação, ele poderia ter sofrido danos “extensos à sua reputação. O risco teria sido altamente relevante para Mark Zuckerberg, que é extremamente sensível a respeito de sua imagem pública e foi relatado como tendo ambições políticas”, completa ainda.

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Os acionistas também criticam a forma como o Facebook evitou investigar seu fundador. “O conselho nunca fez uma verificação séria da autoridade irrestrita de Zuckerberg. Em vez disso, isso o capacitou, o defendeu e pagou bilhões de dólares dos cofres corporativos do Facebook para resolver seus problemas”, finaliza.

Andy Stone, porta-voz do Facebook, disse no Twitter que a alegação não é nova e está sendo resolvida. “Retratar isso como algum tipo de nova alegação é errado. A sugestão de que pagamos a mais ou a menos neste acordo não é nova e é algo que abordaremos durante o litígio”, explicou Stone.

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