Uma organização não governamental denunciou na última quinta-feira, 22, uma fábrica da Apple na China que mantém seus funcionários em condições análogas à escravidão.

A investigação, feita pela China Labor Watch, documenta as péssimas condições a que os empregados são submetidos, como o abrigo em dormitórios superlotados e cheios de mofo, infestação de insetos no ambiente e a presença de mercúrio e arsênico no local.

Em 2013, a Apple prometeu melhorar as condições de trabalho de funcionários terceirizados, mas os problemas persistem. De acordo com a ONG, os problemas persistem. Na fábrica, foram encontradas 20 violações de direitos trabalhistas éticos e legais. “Persistem os salários baixos, as longas jornadas de trabalho, o trabalho não remunerado, as medidas de segurança precárias e as condições de vida desprezíveis”, afirma um documento divulgado nesta semana.

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Os funcionários trabalham por longos períodos sem descansos e recebem um salário de cerca de US$ 320, o equivalente a US$ 1,85 por hora. “Depois de longas jornadas, os trabalhadores pegam um ônibus que, em meia hora, os leva aos seus dormitórios, onde até 14 pessoas dormem confinadas em um único quarto. O mofo cresce sem controle nas paredes e as camas estão cheias de percevejos; muitos trabalhadores estão cobertos de picadas vermelhas”, relata o documento.

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A China Labor Watch revela que houve pequenas melhorias nos últimos dois anos, como a redução da média de horas de trabalho em uma semana, que passou de 63 para 60 horas.