Cientistas anunciaram em evento nesta quinta-feira, 11, a descoberta de ondas gravitacionais, que deformam o tecido do espaço-tempo. A revelação confirma uma grande parte da Teoria da Relatividade geral de Albert Einstein um século depois de ele a ter escrito.

A revelação veio dos pesquisadores do LIGO (sigla em inglês para Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser), que passaram meses tentando confirmar a detecção e a veracidade das ondas gravitacionais, já que sinais falsos já haviam sido observados no passado.

Os sinais foram captados no dia 14 de setembro de 2015, com ondas que vieram da fusão de dois buracos negros (um com 29 vezes a massa do nosso Sol, o outro com 36 vezes) há 1,3 bilhão de anos. Os buracos negros giraram um em torno do outro várias vezes por segundo antes de se unirem, o que gera ondas gravitacionais enormes. Estes sinais acabaram chegando à Terra após muuuuito tempo, até serem captados e estudados.

Vale observar que, como toda descoberta científica, ela precisa ser analisada pela comunidade de cientistas que tentará confirmar ou refutar as observações da equipe do LIGO.

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A revelação pode ser a porta para uma nova forma de observar o universo, já que telescópios podem não ser capazes de perceber buracos negros e outros corpos, mas os pesquisadores poderiam começar a observar as ondas gravitacionais que eles produzem, permitindo extrair mais informações de como estes objetos manipulam a gravidade. Isso pode abrir portas para novas descobertas e conceitos até então desconhecidos.

Entre as possibilidades abertas pela confirmação das ondas gravitacionais seria extrair informações sobre o movimento de objetos pelo universo. Isso poderia criar a oportunidade para deduzir a história do cosmos até a sua origem.

Via Ars Technica e The Verge