O comércio eletrônico expandiu muito nos últimos anos, mesmo assim, uma das maiores preocupações do setor são as fraudes. Segundo dados da ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude, só em 2015 foram detectadas 704.133 transações indevidas no Brasil. Esse número corresponde a R$ 476.509.146,72 em perdas evitadas.

Para 2016, os consumidores devem continuar tendo cuidado com as compras realizadas pela internet, mas atentos, principalmente, com três tendências mais esperadas para serem vistas ao longo do ano.

De acordo com o COO da ClerSale, Bernardo Lustosa, cada vez mais os roubos de dados e falta de preocupação com a segurança com as informações por parte de consumidor serão usados na invasão de contas em lojas virtuais. “O usuário brasileiro geralmente usa a mesma senha em todos os e-commerces que tem o costume de comprar. Desta forma, uma vez capturados, os dados permitem o acesso em diferentes lojas virtuais”, explica.

Esse tipo de golpe é muito difícil de ser barrado, pois os criminosos conseguem muitas informações corretas das vítimas, sendo que com login e senha fica fácil descobrir até o número de cartão de crédito.

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Já as fraudes bancárias devem ser facilitadas por conta dos aplicativos e serviços mobile. Muitas instituições oferecem para os correntistas a opção de usar o celular como token para autorização de transações bancárias. Através de documentos falsos, o fraudador informa à operadora da vítima que sofreu a perda ou roubo do aparelho e com um novo chip consegue receber os códigos de autorização.

“Com o aumento do número de smartphones no Brasil, é normal que os fraudadores queiram acompanhar esse crescimento e por conta disso, se aprofundar cada vez mais nos golpes”, afirma Lustosa.

Além disso, o setor já está preparado para um futuro aumento nos índices de fraude. A crise econômica também está afetando o e-commerce, por isso as vendas tendem a cair, mas a aplicação de golpes não. “Se antes eram registradas 100 tentativas a cada mil transações, o percentual de fraudes era de 10%. Se o número cai para 500 compras, o índice automaticamente sobe para 20%”, exemplifica o executivo.