Um estudo realizado pela agência nova/sb entre abril e junho de 2016 mapeou o comportamento de cidadãos do Brasil na internet e constatou que, apesar de ser reconhecido como um povo pacífico, na web o brasileiro não é tão tolerante quanto se imagina. A pesquisa monitorou 393,2 mil menções feitas por internautas de todo o país no Facebook, Twitter, Instagram e em blogs e sites da internet.

Intolerância
Segundo o dossiê, a maior intolerância do brasileiro é na política. No período, foram quase 220 mil menções que tratavam do tema. Em segundo lugar aparece a misoginia, com 50 mil menções, seguida de comentários relacionados à deficiência, aparência e raça.

Estados
O Rio de Janeiro é o estado com o maior volume de postagens intolerantes no Brasil, seguido por São Paulo e Minas Gerais. Se levada em conta a proporção de acordo com o número de habitantes, quem lidera o ranking é o Distrito Federal.

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Denúncias
Dados da Safernet mostram que as denúncias contra páginas que divulgam conteúdo intolerante cresceram 200%.

“A intolerância nas redes é resultado direto de desigualdades e preconceitos sociais em geral, não é uma invenção da internet. O que ocorre é que o ambiente em rede facilita que cada um solte seus demônios, ao dar a sensação de um pretenso anonimato. O mundo virtual é, portanto, mais uma forma para que os intolerantes se manifestem e ampliem o seu alcance”, explica Bob Vieira da Costa, sócio-fundador da agência nova/sb.

A análise faz parte da plataforma Comunica Que Muda, desenvolvida pela empresa para reforçar o poder de transformação da comunicação.