O sistema operacional aberto Linux completou 25 anos recentemente, e a data foi comemorada nos quatro cantos do mundo por muita gente ligada ao mercado de tecnologia. O Linux chega a um quarto de século com maturidade e se mostrando a melhor alternativa para aplicações de todos os tipos – especialmente para aquelas que demandam desempenho e confiabilidade. 

Não à toa, empresas como Facebook, IBM, Samsung, Google e outras gigantes são hoje membros da Linux Foundation. Além disso, em junho de 2014 o Linux era o sistema operacional utilizado em 485 dos 500 supercomputadores mais rápidos do mundo.

O Olhar Digital listou cinco razões pelas quais o Linux pode ser a melhor opção para quem precisa implantar ou customizar sistemas.

1 – A palavra é customização

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Recentemente, o Olhar Digital experimentou “na própria pele” o dilema de desenvolver uma aplicação num sistema operacional fechado, proprietário. O desafio era colocar à disposição do público usuário da Linha Amarela do Metrô de São Paulo um sistema de rotas, capaz de oferecer a melhor alternativa dentro da malha de trens e metrôs da grande S. Paulo. Durante quase um ano, a equipe de tecnologia enfrentou vários problemas para que o sistema permanecesse estável e atendesse a quase 1 milhão de usuários por dia. Um dos principais problemas: o peso do sistema proprietário. Com suas inúmeras bibliotecas, o processo de “boot” e mesmo a operação normal da aplicação ficaram mais lentos e pesados. A carga extra colocada sobre o hardware colocou o desempenho da interface gráfica no limite e a operação sofria com interrupções constantes. Com a decisão de migrar a aplicação para o ambiente Linux, o sistema operacional pôde ser completamente customizado, preservando apenas o essencial para o melhor desempenho da aplicação. Resultado: as reclamações de quedas no sistema (que chegaram a ser quase diárias), agora praticamente inexistem.

2 – Flexibilidade

Em sua própria definição, o Linux é um ambiente agnóstico: ou seja, não há nenhuma ligação comercial ou tecnológica que favoreça o uso de uma ou outra solução de hardware. Isso quer dizer que, mesmo que não haja um driver específico para este ou aquele componente, é completamente possível desenvolver uma camada de software para conectar os dois mundos. Ainda no exemplo do desafio enfrentado pela equipe de tecnologia do Olhar Digital, as telas sensíveis ao toque usadas nos totens haviam sido produzidas para outro sistema operacional. Mas, depois de adaptadas ao mundo Linux, ganharam velocidade e precisão no touch screen. 

3 – Controle total

Um dos maiores benefícios de possuir uma comunidade enorme (composta de programadores profissionais, amadores, entusiastas, curiosos etc.) ao redor do mundo é a agilidade. Essa comunidade desenvolve, melhora, testa e verifica freneticamente o Linux, compartilha as informações e até divulga formas de contato para auxiliar qualquer pessoa que necessite de ajuda, apenas pelo bem do acesso à informação e pelo bem da divulgação da plataforma. A dedicação e o compartilhamento de informação dos desenvolvedores que utilizam o Linux é gigantesca. Mesmo quando se trata de algum produto comercial , a comunidade costuma compartilhar muitas informações técnicas sobre ele.

4 – Segurança

Pode ter certeza: segurança total é um mito. Não existe qualquer sistema completamente à prova de invasões, ataques ou que não seja passível de brechas. Porém, ao longo das últimas décadas, a prática do mercado mostra que, justamente por estarmos falando de um sistema aberto, com uma comunidade enorme, que faz com que o sistema seja “revisado” por milhares ou milhões de programadores, estudantes, curiosos e entusiastas ao redor do mundo o tempo todo, que encontram, divulgam e corrigem as falhas de segurança muito mais rapidamente, o Linux pode se tornar mais seguro do que sistemas proprietários, em que bem menos pessoas, por maior que seja a empresa, têm acesso ao código fonte.

5 – Custo

Evidentemente, quando se pensa em aplicações de alta confiabilidade e alto desempenho, o custo não é o primeiro item da lista. Mas é claro que, em algum momento, ele também entrará no cômputo geral. O universo Linux oferece desde distribuições completamente livres até aquelas adaptadas por empresas, que oferecem o código aberto, mas também o complementam com uma grande gama de serviços e de suporte. Qualquer que seja sua escolha, é muito provável que os custos serão menores dos que os envolvidos num ambiente proprietário.