Mais uma vez, os investidores se mostraram desapontados com o Nintendo Switch. Reprisando o que aconteceu quando a companhia revelou o console, no ano passado, a reação do mercado ao detalhamento do produto fez com que as ações da Nintendo caíssem.

No Japão, os papéis da Nintendo fecharam o dia de negociações em baixa de 5,75%, mas a Reuters diz que a queda chegou a bater os 6,3%.

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Se no ano passado o problema era o baixo nível de inovação frente a produtos como Xbox One e PlayStation 4, desta vez a questão foi o preço, já que os investidores consideram que cobrar US$ 300 pelo Switch é um equívoco.

“A máquina pode ser usada tanto como um console doméstico quanto como um dispositivo móvel, então o preço alto é compreensível por um lado”, disse uma fonte do mercado à Reuters. “Mas não há muitos softwares [anunciados] para justificar esse preço.”

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A Nintendo afirmou que mais de 80 desenvolvedores trabalham em criações para o Switch, mas garantiu apenas 16 lançamento para este ano — sendo que só quatro deles chegarão às lojas junto com o console.

Sequência de problemas

Como lembra o Business Insider, o Switch não é o único percalço na história recente da Nintendo. Apesar de ter se dado bem com o Wii, a empresa não conseguiu replicar o sucesso com o Wii U, principalmente porque os jogadores estavam migrando para os smartphones.

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Quando resolveu ceder a esse mercado, a Nintendo o fez em grande estilo, lançando primeiro o “Pokémon Go” e depois o “Super Mario Run”, só que os dois casos apresentaram ciclos semelhantes, causando furor e, na sequência, desapontamento.

O Switch é visto por parte do mercado como espécie de última chance para a Nintendo convencer os investidores de que vale a pena seguir seu formato de atuação, que depende pesadamente da venda de hardwares.

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“Embora os jogadores talvez estejam empolgados com o Nintendo Switch, parece que os mercados passaram seu julgamento e consideraram a estratégia da empresa insuficiente. Se a Nintendo não conseguir provar que eles estão errados, a lenda dos games poderá enfrentar uma nova pressão dos investidores para mudar seu curso, e potencialmente até movendo seu foco para longe da construção de hardware como um todo”, analisa o Business Insider.