A Qualcomm é a empresa que melhor aproveitou a transição da era da computação estática para a mobilidade, ao ponto de liderar com folga o mercado de processadores para celular e transformar os chipsets Snapdragon em praticamente onipresentes na área. Agora, no entanto, a empresa não quer mais chamar o Snapdragon de processador. 

Sim, em vez de “processador”, a Qualcomm quer usar uma outra palavra com “p”: “plataforma”. Trata-se de uma renovação da marca, que tenta posicionar o Snapdragon como mais do que um simples chip dentro do celular ou outro dispositivo móvel. 

“Processador é uma palavra que a Qualcomm Technologies abraçou ao longo dos anos com nossa marca Snapdragon. Mas a palavra é uma representação inadequada do que a tecnologia realmente é, e as soluções em que dezenas de milhares de inovadores da Qualcomm trabalharam”, afirma um blog no post da empresa. 

E é um fato que o Snapdragon hoje vai além de processadores, e muito além dos celulares. A empresa incluir seus produtos em carros, em drones e usar sua tecnologia em projetos de realidade virtual e aumentada. Até mesmo nos smartphones, a empresa é responsável por sistemas de reconhecimento biométrico e recarga rápida dos celulares, que não são necessariamente vinculadas a um processador. 

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No entanto, apesar de a transição da marca ser importante para a empresa, vai ser difícil convencer o público de que Snapdragon não é só um processador, porque é isso que está arraigado na cabeça do tipo de público que se interessa por este tipo de informação. Enquanto isso, o usuário comum de tecnologia se importa com os componentes internos dos produtos que adquire. A grande maioria não sabe diferenciar um Snadragon 617 de um Snapdragon 430, por exemplo, ou não vai saber distinguir as capacidades técnicas de um chip da Qualcomm de um MediaTek. São raros os casos como a campanha “Intel Inside” nos anos 1990, que realmente foram capazes de distinguir a marca de um componente interno da concorrência.