A Intel pode estar demorando para adotar o processo de fabricação de chips em 10 nanômetros, mas, segundo a empresa, a espera valerá a pena. Em um evento para imprensa reportado pelo VentureBeat, a Intel prometeu que seus processadores de 10 nanômetros devem sair ainda em 2017 e ser 30% mais baratos que os de seus concorrentes.

Entre esses concorrentes estão a Qualcomm (que já usa esse processo no Snapdragon 835) e a Samsung (cujo processador top de linha, Exynos 8895, também é fabricado assim). No entanto, Kaizad Mistry, o vice-presidente corporativo do grupo de lógica da Intel, considerou que os processadores de 10 nanômetros da empresa serão melhores que os da concorrência em todos os aspectos, incluindo o número de transistores por área.

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Por enquanto, a empresa não ofereceu mais informações sobre os novos chips. A Intel tem focado no lançamento de sua sétima geração de processadores Core (ainda em 14 nanômetros) no Brasil e na estreia de sua memória Optane. Mas esse assunto deve surgir em breve, pois as concorrentes da empresa na área de processadores vêm ganhando cada vez mais espaço.

Querida, encolhi os processadores

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Se 10 nanômetros parece uma medida ínfima, não é à toa: trata-se de um bilionésimo de um metro, e 40 átomos de silício são suficientes para ocupar esse espaço. Um processador de 10 nanômetros tem esse espaço entre seus circuitos. Um vírus, em comparação, mede cerca de 100 nanômetros.

Diminuir essa distância permite que a empresa coloque os transistores dos processadores mais próximos uns dos outros, o que torna o componente mais rápido (já que o sinal eletrônico precisa viajar por um espaço menor). Isso também permite cortar custos, já que é necessário menos material para produzir os transistores menores.

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Moore vive

No mesmo evento, a Intel defendeu que a Lei de Moore ainda está viva. Segundo o vice-presidente da Intel, Stacy Smith, mesmo que a empresa tenha demorado mais do que o normal para saltar do processo de 14 nanômetros para o de 10, os ganhos também serão maiores do que o normal. A primeira geração de chips da empresa no processo menor terá 2,7 vezes mais transistores por área que a anterior.

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Fora isso, o executivo também ressaltou as vitórias da indústria de processadores nos últimos anos. De acordo com ele, se todas as indústrias tivessem avançado no mesmo ritmo, seria possível viajar até o sol com cerca de quatro litros de gasolina, viajar a 300 vezes a velocidade da luz e alimentar toda a população do mundo apenas com a colheita de um quilômetro quadrado de terra.