O Telegram saiu ontem de uma enrascada na Indonésia. De acordo com o noticiário local, o aplicativo foi desbloqueado por lá após seu CEO, Pavel Durov, conversar com o ministro das comunicações e informações do país. 

Saíram algumas novidades da conversa. Primeiro, o aplicativo se comprometeu a criar uma “linha direta” por meio da qual as autoridades indonésias poderão falar diretamente com os gerenciadores do app para lidar com problemas de segurança e terrorismo. Além disso, a empresa responsável pelo aplicativo contratou moderadores indonésios para vasculhar seus canais em busca de conteúdo criminoso.

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Esses moderadores permitirão que a empresa reduza o tempo que leva para bloquear esse tipo de conteúdo. Antes, o Telegram levava de 24 a 36 horas para fazer isso, pois não contava com pessoas falantes de indonésio em sua equipe. Agora, Durov promete que o processo deve levar apenas algumas horas. Tanto ele como o ministro indonésio, Rudiantara, comentaram sobre o encontro no Twitter:

Cerco contra o app

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Tudo isso aconteceu porque no dia 14 de julho, segundo o Mashable, o governo do país bloqueou a versão web do Telegram. De acordo com as autoridades, o aplicativo era usado como plataforma por grupos terroristas de lá. O governo também ameaçou bloquear o app de celulares caso a empresa não tomasse nenhuma medida para contornar a situação.

Não se trata da primeira vez que o Telegram negocia com as autoridades dessa maneira. O app já precisou regularizar sua situação na Rússia após o país aprovar uma lei que criou um esquema de vigilância em massa de sua população. 

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Mas isso não significa que os governos estejam satisfeitos. O fato de que o Telegram, assim como o WhatsApp, oferece mensagens criptografadas de ponta a ponta faz com que ele fique constantemente sob o olhar das autoridades. Tanto que, segundo Durov, ele já foi pressionado pelo FBI a criar uma falha proposital na segurança do app por meio do qual a secretaria de segurança estadunidense poderia ler as mensagens de seus usuários. O governo dos Estados Unidos também teria tentado subornar programadores do Telegram na mesma ocasião.