A Netflix completa seu vigésimo aniversário nesta terça-feira, 29 de agosto. A empresa não parece tão velha, especialmente pelo fato de que seu serviço mais importante, que é o streaming de vídeo, é razoavelmente novo em comparação com a idade da empresa. Além disso, o mercado brasileiro recebeu a empresa após um bom tempo de atuação nos EUA.

Abaixo, separamos 20 curiosidades que mostram um pouco da história e do presente da empresa:

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1. A Netflix é mais velha que o Google: parece que não, mas a empresa foi fundada em 1997, enquanto o Google começou a operar em 1998.

2. A empresa começou como um serviço de entrega de DVDs: a ideia era cobrar uma mensalidade e permitir que seus usuários ficassem com os discos o tempo que quisessem, contrariando a lógica das locadoras da época. Com o tempo, esse modelo migrou para o streaming.

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3. Originalmente, a empresa não se chamava Netflix: a empresa foi registrada no nome “Kibble Inc”. O nome, no entanto, era apenas temporário enquanto eles não criavam o título de Netflix.

4. A história da origem da empresa é controversa: o mito da fundação diz que Reed Hastings, multimilionário com a venda da empresa Pure Software, não gostou muito de pagar US$ 40 para a Blockbuster por atrasar a devolução do filme “Apollo 13”. No entanto, o livro “Netflixed”, que conta a história da companhia, diz que essa informação não é real e nasceu como uma forma de explicar para o público, ainda pouco familiar com internet no final dos anos 1990, o conceito da Netflix.

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5. A empresa já entregou pornografia chinesa para seus clientes sem querer: em 1998, na época em que a empresa só operava com DVDs, a Netflix disponibilizou DVDs do julgamento de Bill Clinton para aluguel. O problema é que a casa de duplicação de DVDs fez uma besteira e misturou os discos com vídeos pornográficos hardcore da China. Algumas centenas de consumidores receberam o disco errado.

6. A Blockbuster teve a oportunidade de comprar a Netflix baratinha: no ano 2000, a Netflix foi oferecida à rede de locadoras Blockbuster por US$ 50 milhões, mas a oferta não foi aceita. Hoje, a Blockbuster não existe mais, e a Netflix vale US$ 77 bilhões (com “b” mesmo).

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7. A transição para o modelo de streaming começou há 10 anos: foi em 2007 que a empresa começou a realizar transmissão de vídeo pela internet, o que alavancou a companhia a patamares gigantescos, inimagináveis para uma empresa que começou como uma humilde locadora online.

8. A empresa tentou se separar em duas: em 2011, já consolidada como empresa de streaming, a Netflix tentou separar seu serviço de vídeo pela internet e sua locadora de DVDs. A empresa anunciou o serviço Qwikster, que não agradou consumidores nem investidores, causando uma queda brusca nas ações da empresa. Um mês depois do anúncio, o Qwikster estava morto.

9. A primeira produção original da Netflix foi um sucesso: “House of Cards”, lançada em 2013, é até hoje uma das séries mais aclamadas no mundo.

10. Antes de “House of Cards”, a empresa exibiu alguns “filmes” bizarros: o primeiro conteúdo verdadeiro da Netflix foi “House of Cards”, mas muito antes disso a empresa colocou no ar o “Example Show”, uma série de vídeos de testes bizarríssimos, criados para fins de teste. Incrivelmente, os vídeos ainda estão no catálogo, e você pode assistir a eles neste link.

11. O primeiro filme da empresa foi “Beasts of no Nation”: aclamado criticamente, o filme também significou uma marca histórica, de um longa que estreou em um serviço de streaming ao mesmo tempo em que chegou às salas de cinema. O modelo de distribuição também gerou um boicote por parte de várias redes de cinema.

12. A empresa levou seis anos para expandir para (quase) todo o planeta: a Netflix só foi além das fronteiras dos Estados Unidos em 2010, quando o serviço foi lançado no Canadá. Em 2016, a empresa anunciou a expansão para 190 territórios.

13. No ano seguinte, a empresa chegou ao Brasil: custando apenas R$ 15 por mês, o serviço rapidamente caiu no gosto do público. O preço praticamente dobrou em seis anos.

14. A empresa recentemente rompeu a marca dos 100 milhões de assinantes: os números do relatório trimestral anunciado em julho mostram que a companhia já tem 103,95 milhões de usuários, sendo 51,92 milhões deles nos EUA.

15. A Netflix não condena o compartilhamento de contas: apesar de a prática impedir que dinheiro entre nos cofres da empresa no curto prazo, o CEO Reed Hastings afirma que essa é uma prática de marketing efetiva, que incentiva os usuários de contas compartilhadas a criarem suas próprias assinaturas no futuro.

16. A companhia está investindo pesado em conteúdo próprio por necessidade: a Netflix anunciou um investimento de US$ 7 bilhões em conteúdo original para 2018. A medida vem junto de uma redução do catálogo, uma vez que produtoras perceberam que talvez seja mais lucrativo criar seus próprios serviços de streaming em vez de licenciá-los na plataforma da Netflix.

17. Funcionários da Netflix ganham uma assinatura do serviço: e um salário-base de US$ 18 por hora trabalhada, equivalente a US$ 3.168 mensais trabalhando oito horas por dia em um mês com 22 dias úteis. Isso para as vagas mais básicas.

18. A localização do depósito de DVDs é mantida em sigilo absoluto: ninguém sabe onde fica o depósito usado para distribuir os discos nos Estados Unidos, onde o serviço de entrega de DVDs ainda opera. A razão é para evitar que as pessoas devolvam seus discos no local e também para evitar assaltos.

19. O formato retangular dos envelopes para DVDs poupa milhões à Netflix: a empresa poderia optar por um formato quadrado, mas o serviço postal dos Estados Unidos cobra mais por isso. Uma estimativa aponta que a empresa pode ter poupado até US$ 270 milhões em um ano apostando em envelopes retangulares.

20. O sistema de recomendação é mais antigo que o streaming de vídeo: a empresa começou a oferecer recomendações de vídeos no ano 2000, muito antes de começar a transmitir vídeos online. Na época, a ideia de uma “bolha de conteúdo” como o que vivenciamos hoje não existia.