O mercado sabe há meses que a Microsoft parou de investir no Windows como um sistema operacional móvel, mas a companhia nunca chegou a admitir isso com todas as letras. Isso mudou no último domingo, 8.

Joe Belfiore, vice-presidente corporativo responsável pela área de sistemas operacionais da Microsoft, resolveu responder questões pelo Twitter ontem e, quando confrontado sobre Windows Mobile, confirmou que não há mais espaço para ele dentro da companhia.

Ele foi perguntado se era hora de deixar a plataforma para trás e respondeu: “Depende de quem você é. Muitas companhias ainda entregam [aparelhos com o sistema] a seus funcionários e nós vamos oferecer suporte a eles!”

Então outra pessoa afirmou ser usuário individual e quis saber se esses consumidores ficarão sem suporte. “Como usuário final individual, troquei de plataforma pela diversidade de aplicativos”, respondeu Belfiore. “Vamos oferecer suporte a esses usuários também! Escolha o que for melhor para você.”

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“Claro que vamos continuar a suportar a plataforma… correções de bugs, atualizações de segurança etc. Mas desenvolver novos recursos não é o foco“, esclareceu o executivo. “Tentamos FORTEMENTE incentivar desenvolvedores de aplicativos. Demos dinheiro, escrevemos apps para eles… mas o volume de usuários é muito pequeno para [convencer] a maioria das empresas a investir.”

O último smartphone lançado pela Microsoft foi o Lumia 950, que chegou ao mercado em 2015. Desde então, a empresa deixou de oferecer suporte ao Windows Phone 8.1, versão do software que mais tinha instalações no ecossistema, enquanto cada vez menos apps ganham updates para o sistema operacional da Microsoft.

Mas, como a empresa não deixava as coisas claras, os fãs mais ferrenhos da plataforma continuavam acreditando na possibilidade de um renascimento. O próprio Satya Nadella, CEO da Microsoft, foi questionado sobre o assunto recentemente e se esquivou, optando por responder de forma vaga: “Neste ponto, o que é preciso é que nós não nos tornemos obcecados por categorias que já são bem servidas.”

O posicionamento de Belfiore é mais assertivo.