A empresa por trás do aplicativo de carros 99 não tem mais um brasileiro como seu CEO: em nota enviada à imprensa, a empresa informou que o brasileiro Peter Fernandez foi substituído pelo chinês Tony Qiu no comando da empresa. Fernandez continuará a atuar como consultor estratégico da empresa.

No comecinho de 2018, a 99 foi comprada pela gigante chinesa Didi Chuxing – que conseguiu praticamente “expulsar” a Uber da China com o volume de seus negócios. Foram justamente os executivos da Didi que nomearam Qiu para liderar as operações da 99, que com a mudança acaba se tornando ainda mais um “braço local” da Didi. 

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Segundo o Recode, a mudança acontece pouco antes de a Didi lançar seu próprio serviço de carros no México. Por lá, a Uber atualmente domina esse mercado, e a estreia da Didi no país representará a primeira vez que os dois serviços se enfrentam diretamente desde que a Uber “saiu” da China. Por outro lado, as duas gigantes competiam em outros mercados, nos quais a Didi atuava por meio de investimentos em soluções locais (como é o caso da 99 no Brasil).

Nessa perspectiva, a mudança de direção da 99 parece apontar para um desejo da empresa chinesa de ter maior controle sobre suas operações na América Latina. De fato, trata-se de um mercado importante: ainda de acordo com o Recode, o Brasil e o México são dois dos três maiores mercados da Uber, e a América Latina é a região na qual o aplicativo mais cresce. 

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Depois que a Didi comprou a 99 no começo do ano, alguns usuários reclamaram das mudanças pelas quais o aplicativo passou. Segundo a Gazeta do Povo, usuários reclamaram do fim da opção de pagamento no débito e de dificuldades referentes a marcar sua posição no aplicativo. O pagamento no débito já voltou ao app desde então.