As fabricantes de processadores logo ganharão uma rival de peso no ramo de carros autônomos. De acordo com a Reuters, a gigante chinesa Alibaba – dona do comércio eletrônico AliExpress – anunciou nesta quarta-feira que vai criar uma divisão dedicada à área – e que pretende lançar seu primeiro chip de inteligência artificial já no segundo semestre do ano que vem.

A peça não será dedicada apenas a carros autônomos. Segundo a reportagem, ele poderá ser usado em elementos de cidades inteligentes e também para otimizar operações logísticas. Ainda assim, o anúncio de hoje foi feito apenas alguns meses após a empresa confirmar que está desenvolvendo e testando veículos inteligentes.

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Mercado aquecido

O ramo de inteligência artificial está bastante aquecido na China. Falando especificamente sobre veículos, o Baidu lidera a corrida. A empresa tem uma plataforma própria de direção autônoma, a Apollo, e anunciou em julho deste ano que o sistema seria a base dos ônibus inteligentes que entrariam em operação em Pequim. A Tencent não fica muito atrás, e também já fez alguns testes com carros conectados e autônomos nos arredores da capital chinesa.

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Em relação à Alibaba, a empresa liderada por Jack Ma também tinha um sistema próprio para carros conectados, o AliOS. A plataforma chegou a ser usada em carros comercializados na China e foi reformulada no final do ano passado, abraçando qualquer dispositivo relacionado à internet das coisas. Produzir um chip próprio, portanto, era um próximo passo, especialmente considerando que a empresa já faz até robôs entregadores.

São movimentos inteligentes das três gigantes chinesas, que tentam tomar o lugar dos EUA na vanguarda da internet das coisas – um setor que deve crescer demais nos próximos anos, impulsionado pela ascensão de tecnologias como o 5G.

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Segundo estimativa da GrowthEnabler & MarketsandMarkets, o valor do mercado de IoT deve subir dos 157 bilhões de dólares registrados em 2016 para 457 bilhões de dólares em 2020. As cidades inteligentes, uma das áreas que o chip novo da Alibaba vai cobrir, serão as responsáveis por mais de um quarto desse valor (26%).