Espera-se que 2019 seja o ano do desenvolvimento do 5G e dos smartphones dobráveis. Inclusive, esses serão os protagonistas do Mobile World Congress (MWC), que será realizado na próxima semana em Barcelona. Porém, algumas novidades já vieram à tona: a fabricante LG garantiu que não lançará um celular flexível.

A empresa tem inúmeras patentes referentes a essa tecnologia e até mesmo em uma televisão roll-up. Apesar disso, decidiu pisar no freio nos esforços relacionados a ela: ainda que Samsung, Huawei, Xiaomi, ZTE e Motorola já trabalhem em modelos com a inovação.

Prioridade é recuperar espaço no mercado móvel

A LG quer se concentrar em aspectos que chamou de “prioritários”, de acordo com o chefe da divisão de celulares, Brian Kwon. Isso não significa que a empresa tenha deixado o desenvolvimento de lado: na verdade, ele aumentou com o telefone 5G — embora a fabricante alegue que é muito cedo.

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Por quê? Segundo Kwon, espera-se que a demanda por celulares dobráveis seja em torno de um milhão. E a principal preocupação da LG é recuperar sua posição no mercado, já que, em 2018, o faturamento da empresa teve uma queda. Para isso, a marca vai se concentrar no LG V50 ThinQ e no LG G8 ThinQ ativado para 5G — que são suas esperanças para aumentar sua presença no mercado.

Nada disso significa que a companhia não tenha a tecnologia necessária para desenvolver celulares flexíveis. Kwon diz que quando chegar a hora “a LG estará pronta”. Tudo depende da resposta dos consumidores ao telefone dobrável — ou seja, ela vai esperar para ver como os outros fabricantes se sairão e seus respectivos números de vendas.

Mesmo assim, a LG não está morta. A marca apresentou a primeira TV roll-up do mundo na CES, em janeiro, em Las Vegas. Isso mostra que a companhia já desenvolveu tecnologia suficiente para criar telefones dobráveis.  

No entanto, o diretor global de comunicações da LG, Kenneth Hong, disse em entrevista ao Xataka que não conhecia ninguém que precisasse de um telefone dobrável — exceto jornalistas — e que, portanto, não há mercado para isso.