Candidata à presidência dos Estados Unidos para as eleições de 2020, a senadora Elizabeth Warren atacou as grandes companhias de tecnologia nesta sexta-feira (08/3). No seu blog, a democrata clamou por “grandes mudanças estruturais” para romper o monopólio de gigantes como a Amazon, o Google e o Facebook.

“As grandes empresas tecnológicas de hoje têm [muito poder sobre] nossa economia, nossa sociedade e nossa democracia”, denuncia Warren na postagem. “Eles destruíram a concorrência, usaram nossa informação privada para lucrar e mainpularam o campo de jogo contra todos os outros. E, no processo, prejudicaram os pequenos negócios e sufocaram a inovação.”

A senadora considera que as grandes companhias se aproveitam de fusões para engolir a competição, além de venderem produtos nas suas próprias plataformas de comércio eletrônico, prejudicando o sucesso de pequenos negócios. Segundo ela, a fraca fiscalização contra a prática de trustes também resultou em “uma drástica redução” na concorrência e a evolução na indústria de tecnologia.

Para blindar o setor contra o abuso de poder monopolista, Warren sugere a aprovação de leis que impeçam que grandes plataformas de comércio eletrônico (com receita global anual de US$ 25 bilhões ou mais) sejam donas de qualquer vendedor dentro do próprio serviço. Já as “pequenas” plataformas (com receita global anual entre US$ 90 milhões e US$ 25 bilhões) continuariam comercializando produtos tranquilamente nos seus sistemas de e-commerce, desde que assinassem um compromisso pela concorrência leal e justa.

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Outra promessa de Warren é de que sua administração apontaria reguladores para reverter fusões ilegais e anticompetitivas na área de tecnologia. Alguns exemplos seriam as aquisições do Whole Foods e da Zappos pela Amazon, do WhatsApp e do Instagram pelo Facebook e as compras do Waze, Nest e do DoubleClick pelo Google.

O presidente em exercício, Donald Trump, também demonstrou preocupação com o nível de competição no setor tecnológico. Em agosto, ele comentou que as companhias estavam em uma situação de muita desconfiança. No entanto, Trump estava mais atento ao controle que essas empresas têm sobre o que as pessoas podem ver na internet.

Representantes da Comissão Federal de Comércio, a FTC, disseram, em fevereiro, que estariam abertos a reabrir ações antitruste contra companhias do setor.

O Facebook e a Amazon se recusaram a prestar depoimento. O Google não deu nenhuma resposta.

Fonte: Cnet