É fato que a linha de smartphones Moto G é uma das vendidas no Brasil, em concorrência direta com a família Galaxy J, da Samsung. São aparelhos que tem boa relação entre custo-benefício e, a cada geração, vem trazendo recursos que são de aparelhos mais sofisticados.
É o caso do Moto G7 Plus (modelo XT1965), aparelho do review de hoje. O preço de R$ 1.600 (média encontrada em lojas online até a data de publicação dessa análise) pode não caber na maioria dos orçamentos dos brasileiros e, neste caso, é possível fazer a opção pelo Moto G7 Play, que custa em média R$ 900 e surpreendeu nos testes realizados. Mas antes de decidir, leia os dois reviews e veja qual seria a melhor opção para suas necessidades.
Fone de ouvido de 3,5 mm
Cores: Indigo, Rubi
Scanner de impressão digital na parte de trás
Revestimento repelente de água (não é a prova de água)
Medidas: 157 x 75,3 x 8,3 mm / peso: 176g
O G7 Plus pode parecer bastante semelhante a gerações anteriores, mas todos os ajustes feitos o tornam diferente. A tela com um espaço físico mais visível, o scanner de impressão digital foi para a parte de trás do aparelho para o posicionamento mais sensato do dedo e as bordas estão menores.
Minha crítica no design é a insistência da Motorola em escrever seu nome na parte da frente, abaixo da tela. Com um design elegante e moderno, poderia deixar a frente livre de palavras e, se precisa insistir nisso, escreva a marca na parte de trás, mesmo já tendo o logotipo da empresa lá. De restante, tudo normal: botões de volume e liga / desliga estão do lado direito, em posição bem confortável para o dedo polegar alcançar sem problema.
O conector USB tipo C vem na parte de baixo, e ao lado dele, está o conector P2 para fone de ouvido. Um mimo legal – e que já economiza mais alguns reais – é que ele vem com capinha plástica transparente. Como esta capa é da própria Motorola, ela encaixa perfeitamente no celular e, apesar de ser plástico bem comum, vai proteger contra arranhões e até mesmo de quebrar a carcaça do celular, já que é revestida de vidro. Aliás, a cor rubi está muito bonita.
tela de 6,2 polegadas, proporção 19:9, tecnologia LCD IPS
resolução de 2270 x 1080 pixels (densidade de 403 ppi)
Entalhe (notch) formato de gota
O Moto G7 Plus é o topo da linha G / 2019. Portanto, uma das partes do “plus” é a tela, que tem 6,2 polegadas. Apesar do tamanho grande, ainda é confortável manusear, pois as dimensões do aparelho não são grandes, como já vimos no primeiro tópico. Além disso, as bordas são finas. A tela também ganha uma linha extra para exibir notificações, graças ao entalhe (notch) em formato de gota, que abriga a câmera frontal.
É esta linha extra na tela que justifica a proporção de 19:9 e a resolução de 1080 x 2270 pixels. A qualidade de tela do Motorola Moto G7 Plus é ótima. As cores são vívidas, o contraste é forte e a resolução é alta o suficiente para não deixar as imagens pixeladas.
Puristas podem reclamar sobre a gama de cores, mas lembre-se de que é um telefone intermediário com tela LCD IPS e não um telefone com tela Amoled com preço 3 vezes maior.
O que irrita um pouco é o brilho adaptativo ficar sempre um pouco mais escuro do que o necessário. Ok, isso é legal para economizar bateria, mas, durante os testes, em vários momentos eu tive que aumentar o brilho para ter conforto visual. Isso bem que poderia ser ajustado em uma atualização do sistema.
CPU Qualcomm Snapdragon 636, octa-core de 1,8 GHz
GPU Qualcomm Adreno 509
4 GB de RAM
Armazenamento de 64 GB e slot para expandir até mais 512 GB
Sistema operacional Android 9 (Pie)
Aplicativo Moto para Display, Voz, Ações
A CPU do G7 Plus é intermediária, mas que baita processador bem ajustado. O Moto G7 Plus não teve dificuldade nenhuma em executar aplicativos pesados e jogos. Gosto de testar o Maps e o Waze, que são apps muito utilizados pelas pessoas e, como usam boa parte do processamento para renderizar os mapas, é um bom teste para os aparelhos. E os dois apps de mapas foram muito bem na avaliação, renderizando rapidamente os mapas e localizações em volta.
Jogos como PUBG e Shadow Gun Legends, rodaram lisos, sem lags, com experiência muito fluida. Vale citar a qualidade do áudio, que foi ótima, graças ao alto-falantes estéreo e o Dolby audio, que pode ser ativado nas configurações e dá um boost no som, destacando os graves.
Enfim, os 4 GB de RAM e a CPU Snapdragon 636 conseguiram um bom desempenho geral e, em conjunto com a GPU (processador gráfico), conseguiu um bom desempenho para os jogos, tudo sem latência e sem demora para carregar os apps.
Quanto aos recursos que somente a Motorola tem, vale dizer que o Moto G7 Plus também faz uso do app Moto, que traz recursos chamados Moto Ações, Moto Tela e Moto Voz.
O Moto Ações permite controlar recursos do telefone com gestos simples, como exemplos: sacudir o telefone duas vezes para acionar a lanterna, sacudir novamente para desliga-la. Girar o pulso rapidamente para ativar a câmera traseira e girar novamente para ativar a câmera de selfie.
A Moto tela serve para configurar e interagir com as notificações mesmo com a tela bloqueada e configurar para a tela não desligar enquanto você estiver olhando para ela.
E o Moto Voz, quando ativado, detecta quando você está se movimentando rapidamente (no carro, por exemplo) e então anuncia chamadas e mensagens no viva voz. É possível configurar também locais em que você deseja que esse recurso seja ativado (sua casa e local de trabalho, por exemplo) para ele te avisar quem está ligando ou enviando mensagens e assim você nem precisa pegar o telefone.
Câmera dupla na traseira: 16 MP (f/1.7) e 5 MP (f/2.2)
Estabilização Ótica de Imagem (OIS) adicionada à câmera traseira
Única câmera frontal: 12 MP
Se havia um item que a Motorola não estava acertando muito bem na linha G, esse era a câmera. Facilmente as fotos saiam desfocadas ou borradas. Mas a família G7 parece ser uma divisora de águas.
O sensor de 16 megapixels tem como parceira uma lente com abertura f/1.7, o que significa que mesmo fotografar em condições de pouca luz não é um problema. O autofoco não é ultrarrápido aqui, mas, mantendo um pouco a mão parada, a foto sai muito nítida. Em boa parte, a estabilização óptica ajuda muito para obter esse ótimo resultado.
Com boa iluminação, o G7 Plus consegue ótimos resultados, capturando com nitidez até pequenos detalhes. Em ambiente com pouca luz, as fotos ficam com ruído (aparecem minúsculos pontos na foto inteira), porém, a câmera conseguiu capturar cores fieis e clarear as imagens, identificando a cena toda e seus detalhes.
A câmera frontal também captura boas fotos quando em alta luminosidade, mas em baixa iluminação, a foto sai bem escura e com ruídos, devido a abertura f/2.2. Ainda há o modo retrato, que faz o famoso efeito Bokeh, em que desfoca o fundo e mantém apenas o rosto da pessoa focado. Como tem há apenas uma câmera frontal, esse efeito é feito por software. E dada as explicações, nada melhor do que ver as fotos feitas pelo Moto G7 Plus. Clique nesse link para ver as fotos em tamanho original, sem filtros.
Capacidade da bateria: 3.000 mAh
Carregador: Turbo de 27 watts
Primeiro é interessante dizer que a Motorola reduziu a capacidade de bateria do Moto G7 Plus em relação ao Moto G6 Plus. O primeiro vem com bateria de 3.000 mAh e o segundo usa uma bateria de 3.200 mAh. Talvez seja por isso que o software tente deixar sempre o brilho automático menor do que ficaria para ver tudo com conforto. Apesar disso, a bateria do Moto G7 Plus teve uma duração decente, que não me deixou na mão durante os testes.
Em uso moderado, navegando algumas horas em redes sociais, lendo e-mails, tirando e vendo algumas fotos, realizando chamadas por cerca de 15 minutos, a bateria chegou até a noite. Tirei o telefone da tomada as 8h00 e às 22h30 havia 12% de carga. Em um teste mais mais pesado, assistindo a vídeos, jogando, fazendo alguns filmes e fotos, e, também usando o aparelho para navegar e acessar redes sociais, a bateria chegou a 11 horas de uso.
Mas se algo que impressionou foi o tempo de carga. O carregador no Moto G7 Plus fornece 27 watts, a maior capacidade do mercado brasileiro até este momento. Fiz um teste de carga quando o telefone chegou a 3% de bateria. Para chegar a 100%, foram necessários apenas 49 minutos.
A família G7 evoluiu no design frontal, com bordas pequenas que dão espaço a uma tela grande. O design traseiro não foi modificado em relação a geração anterior. Continuou com as laterais curvas e o círculo saltado que abriga as câmeras traseiras. Mas também trouxe o sensor biométrico para a parte de trás e deixou a frente livre. O notch é uma questão de gosto: há quem ame e quem odeie esse entalhe. Para mim, a única vantagem é poder ver as notificações na linha extra que se ganha subindo a tela em volta da câmera frontal. Ou seja, um detalhe que não faz muita diferença assim, já que há ferramentas nativas do sistema para lidar com as notificações mesmo com a tela bloqueada.
Quanto ao desempenho, tudo roda liso, o Android 9 parece estar bem enxuto e a dupla CPU Snapdragon 636 e memória de 4 GB faz um ótimo trabalho, pois as aplicações e jogos rodaram sem problemas. A bateria tem duração decente para não deixar na mào durante um dia de trabalho e, o que compensa é o carregador turbo de 27 watts que bateu qualquer recorde de tempo de carga de celulares. Por fim, a câmera também evoluiu, tirando fotos muito boas e o HDR automático ajudando bastante para não estourar o brilho nas fotos.
O maior problema do aparelho é o seu preço: em média, R$ 1.600, algo que não cabe em boa parte dos bolsos brasileiros em tempos atuais. Logo, se você precisa trocar urgentemente de aparelho e não pode gastar muito, o Moto G7 Play, que é o caçula da turma, está tão bom, que pode atender muito bem as suas necessidades, principalmente se você busca por desempenho em um intermediário. E o melhor de tudo: ele custa quase a metade do preço do Moto G7 Plus.
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Esta post foi modificado pela última vez em 16 de março de 2019 14:30