Um estudo da International Data Corporation (IDC) apontou que as vendas de tablets apresentaram uma queda de 4% de 2017 para 2018 no território brasileiro. No ano passado, foram comercializados 3.640 milhões desses dispositivos, 150 mil unidades a menos que em 2017. Porém, curiosamente, o setor teve um aumento na receita de 1,8 bilhão para 1,9 bilhão, conforme mostra a pesquisa.

Wellington La Falce, analista da IDC, conta que o resultados têm relação com o aumento do preço médio dos tablets, assim como a preferência dos compradores por dispositivos de maior qualidade. “Os modelos de entrada, com preços mais acessíveis, foram comprados, mas a categoria que mais se destacou no ano passado foi a de aparelhos intermediários, com preços acima de R$ 500”, explicou.

E, mesmo com a queda na venda, ainda tiveram setores específicos que compraram mais tablets no ano de 2018 do que em 2017. A venda para empresas, por exemplo, teve um aumento de 57%, contrariando os dados gerais. Além disso, as crianças fazem papel importante nos números de vendas de tablet. 

Por essa razão, La Falce diz que o mercado deve cada vez mais se adaptar para suprir esses públicos específicos e manter as vendas de algum modo estável. No setor corporativo, produtoras de tablets buscam fazer parcerias com empresas que buscam fornecer o dispositivo para seus funcionários, já as crianças deverão ter aparelhos mais adaptados ao seu gosto. 

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“Neste ano, os lançamentos podem receber, por exemplo, sistema operacional aprimorado para oferecer uma experiência de uso mais interessante para as crianças. Outros produtos devem chegar com telas maiores, acima de 7 polegadas, e design diferente. Além disso, opções com especificações melhores e preços mais acessíveis também farão parte dos portfólios das marcas”, adianta o analista do IDC.

Mesmo assim, a expectativa da IDC é de uma queda de 5% ao ano em unidades vendidas para 2019. Mas não necessariamente, isso significa uma queda de receita da empresa, como percebemos através deste último estudo.