A NASA quer retornar à Lua em 2024. Para ajudar com isso, a empreiteira espacial Lockheed Martin está lançando um novo conceito de “pousador” que pode transportar pessoas até a superfície lunar. Segundo a empresa, a previsão é de que o sistema fique pronto em cinco anos — isso se houver recursos suficientes.

A Lockheed Martin observa que a linha do tempo para terminar o projeto é muito curta. “Vamos precisar de recursos para fazer isso acontecer e vamos ter de trabalhar de forma diferente”, diz Lisa Callahan, vice-presidente de programas e gerente-geral da Lockheed Martin. “Mas eu acho que é realmente viável e estamos animados com isso.”

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O veículo consiste em dois elementos: uma área de aterrissagem (que pode viajar até o solo da Lua) e um veículo de subida (para levantar os astronautas da superfície lunar). A sonda vai fazer o trajeto da Lua até a Gateway, a nova estação espacial que a NASA quer construir.

Uma grande vantagem do conceito é que muitos dos elementos necessários para seu funcionamento são derivados da Orion, uma cápsula de tripulação na qual a Lockheed Martin já trabalha há uma década. Alguns dos materiais e sistemas usados na Orion podem ser incorporados ao novo módulo — é o caso de equipamentos internos, computadores de voo e sistemas de suporte à vida.

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A companhia depende, ainda, de a NASA terminar a Gateway em tempo para 2024. Originalmente, a maior parte da estação seria concluída até 2028, quando os primeiros humanos pousariam na Lua. Para ficar completa, a Gateway requer o agrupamento de vários módulos, de forma a criar uma instalação residencial e de pesquisa temporária para os astronautas. Agora que o prazo mudou significativamente, serão feitos sacrifícios no design da Gateway.

Depois que a NASA conseguir o tão cobiçado pouso na Lua, a agência espacial se concentrará na segunda fase do retorno lunar: a sustentabilidade. Isso envolve a extração da Gateway e o uso de veículos reutilizáveis para ir e voltar da Lua. Embora o conceito criado pela Lockheed Martin possa ser desenvolvido rapidamente, ele é apenas parcialmente reutilizável, já que a área de aterrisagem do veículo deve permanecer na Lua quando não for mais necessária.

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Via: The Verge