Funcionários do Google realizarão um protesto nesta quarta-feira (01/5) contra supostas retaliações aos trabalhadores da empresa. Em um tweet, os organizadores da paralisação disseram que o protesto estava programado para às 11hs (horário da Califórnia).

“Ser obrigado a sair de licença médica quando você não está doente, para ter seus relatórios retirados, estamos cansados de retaliação”, disseram os organizadores no tweet. “Seis meses atrás, saímos. Desta vez, estamos sentados. 11h de amanhã”.

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Mais de 20 mil funcionários do Google foram demitidos em novembro do ano passado por protestar a favor das alegações de assédio sexual e contra a maneira que a empresa lidou com a questão. Em resposta, a liderança do Google fez algumas concessões, mas a controvérsia interna causou conflitos na gigante de buscas.

Na semana passada, dois funcionários que ajudaram a organizar a paralisação disseram que viram suas responsabilidades de trabalho diminuídas pela administração. O Google afirmou que quaisquer mudanças não foram atos de retaliação. Desde então, outros colaboradores compartilharam histórias de incidentes que acreditam configurar uma resposta aos seus posicionamentos anteriores.

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Os funcionários do Google têm estado na vanguarda dos protestos em toda a indústria de tecnologia. Eles organizam-se para influenciar as decisões executivas. Essa coalisão entre os colaboradores já mostrou sua força. Um dos exemplos foi a retirada do Google de um projeto de inteligência artificial do Pentágono, o sistema Marven. Mais recentemente, a empresa dissolveu uma das divisões de ética depois que houve manifestações por parte dos funcionários contra a inclusão do presidente da conservadora Heritage Foundation.

Um porta-voz do Google se recusou a comentar sobre o protesto. “Proibimos a retaliação no local de trabalho e compartilhamos publicamente nossa política de forma clara”, disse. “Para garantir que nenhuma reclamação levantada não seja ouvida no Google, fornecemos aos funcionários vários canais para relatar preocupações, inclusive anonimamente, e investigar todas as alegações de retaliação”.