Em um artigo de opinião escrito para o New York Times, o CEO da Google Sundar Pichai defendeu a abordagem da sua empresa para dados de privacidade e de usuário. E, mirando a Apple, ele espetou a criadora do iPhone, dizendo que “a privacidade não pode ser um bem de luxo”, disponível apenas para “pessoas que podem comprar produtos e serviços premium”.

Em dezembro, o CEO admitiu que sua empresa poderia melhorar, ajudando os usuários a entender como garantir a privacidade em um mundo de tecnologia com fome de dados de usuários. O ponto de democratizar a proteção das informações também foi levantado, e segundo o artigo, deve ser um assunto que ganhará atenção daqui para frente.

Recentemente, o Google recebeu críticas que afirmam que a empresa recolhe quantidades invasivas de informações pessoais. A empresa tem sido questionada sobre a coleta de dados de localização de usuários, as falhas de software que expuseram informações de milhões de contas de usuários do Google+ e a questão dos regulamentos de privacidade.

Para tentar responder a algumas dessas perguntas, Pichai explicou como o Google usa dados anônimos para tornar seus produtos mais úteis. Ele também disse que os anúncios segmentados veiculados para os usuários são baseados em atividades como resultados de pesquisas anteriores e não em dados pessoais encontrados em aplicativos como o Gmail, o Google Docs ou o “falecido” Google+.

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O CEO reconheceu que ter acesso aos nossos dados faz com que os serviços do Google funcionem melhor, mas que os usuários ainda devem esperar que sua privacidade seja protegida sem ter que pagar mais pelo privilégio.

Ele também elogiou o trabalho do Google com inteligência artificial para proteger a privacidade. Entretanto a empresa deu um passo atrás em suas operações nesse setor, uma vez que cancelou o seu conselho de ética sobre a Tecnologia no começo de abril. “No futuro, a AI fornecerá ainda mais maneiras de tornar nossos produtos mais úteis, com menos dados”, escreveu ele.

Em sua conclusão, Pichai levantou um assunto delicado na comunidade de tecnologia: a legislação. Ele defendeu para que os EUA avancem no mesmo sentido da Europa, que elevou o nível das leis de privacidade ao aprovar o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR).

 

Via: The Verge