A busca pelo conhecimento por meio da internet está afetando o ensino tradicional nas universidades brasileiras, de modo que exigiu uma grande mudança por parte das instituições. O Ensino a Distância – EAD – impactou positivamente a educação brasileira, e está cada vez mais acessível encontrar conteúdo de forma digital – o que fortaleceu, também, o mercado de infoprodutos, como cursos onlines, eBooks, workshops entre outros – a fim de promover a distribuição de informações de forma massiva e acessível a todos.

Em dezembro de 2018, o governo brasileiro aumentou de 20% para 40% a carga horária que pode ser utilizada a distância em cursos presenciais, contribuindo ainda mais para a difusão do EAD nas universidades. Além do ensino formal – desde graduações 100% a distância a MBAs – encontramos, também, cursos de capacitação, extensão e técnicos, além de uma vasta gama de conteúdo online sobre inúmeros assuntos. Diversas pessoas estão optando por esses cursos que fornecem uma certa flexibilidade, ao invés do ensino formal nas escolas/universidades.

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Com influência da crise econômica no Brasil, infelizmente, muitas matrículas para cursos presenciais vindas de bolsas do governo federal não alcançaram as expectativas no último ano, demonstrando a falta de interesse dos futuros estudantes. Mas este não foi o único motivo, a facilidade de se estudar quando e onde quiser é o que tem atraído a maioria das pessoas, sobretudo, àquelas da Geração Millennial e ainda, a Geração Z – usuários digitais nativos. E mais, ao estudar em casa, existe a economia de dinheiro com transporte (estacionamento e combustível), alimentação etc. Ou seja, é reduzido o valor do investimento destinado ao conhecimento.

Assim como o Google, muitas empresas já descartam a necessidade de um diploma universitário de um profissional, hoje vale mais a pena o conhecimento prático e a experiência passada, do que anos estudando um curso superior. Por este motivo, o mercado digital tem movimentado bilhões de reais por ano, somente no Brasil. As pessoas apostam em cursos de capacitação online, que estão mais alinhados com as necessidades e exigências do mercado de trabalho e oferecem melhor preparação.

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De fato, é um caminho sem volta, mas a evolução do EAD contribuirá para a decadência de cursos presenciais nas universidades brasileiras, fazendo com que as mesmas busquem alternativas viáveis para adaptar o modelo tradicional ao modelo a distância. Acredito eu, que esse trabalho deve crescer muito nos próximos anos e, como apontam pesquisas, até 2023 haverá mais alunos matriculados em cursos a distância do que os presenciais.