Após os Estados Unidos colocarem a Huawei em uma espécie de “lista negra” no país, a China, através de um comunicado divulgado na mídia estatal, acaba de anunciar que vai estabelecer uma lista de entidades ditas “não confiáveis e que prejudicam os interesses das nacionais”. Em resumo, o país fará a mesma coisa que Trump fez, mas com um número maior de companhias. 

A China estabelecerá um mecanismo listando empresas estrangeiras, organizações e indivíduos que não obedecem às regras do mercado, violam contratos, bloqueiam ou cortam ofertas por razões não comerciais ou prejudicam gravemente os interesses legítimos das empresas chinesas, disse Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio.

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O movimento vem após o governo dos EUA colocar a Huawei em uma lista negra que impede empresas americanas de fazer negócios com a fabricante chinesa sem pedir autorização ao Departamento de Comédio do país. Essa ação praticamente anula a capacidade da Huawei Technology Co. na venda de infraestrutura de telecomunicações 5G Às operadoras norte-americanas. Além disso, ela fez também com que gigantes do país como Google, Qualcomm e Intel suspendessem o fornecimento de componentes para fabricação de smartphones, bem como licenças de software.

Essas medidas ajudoram a levar a guerra tarifária entre China e EUA para um confronto mais amplo, num momento em que as negociações entre os dois lados foram interrompidas.

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O texto do relatório chines abre as portas para Pequim ter como alvo uma grande parte da indústria global de tecnologia de gigantes americanas, como Google, Alphabet, Qualcomm e Intel, até fornecedores não-americanos que cortaram a Huawei de sua lista de fornecedores. A relação também terá como alvo aquelas que “representam uma ameaça à segurança nacional”, disse Gao.

A China justifica a medida como algo “para proteger as regras econômicas e comerciais internacionais e o sistema multilateral de comércio, para se opor ao unilateralismo e ao protecionismo comercial e para salvaguardar a segurança nacional, os interesses sociais e públicos da China”.

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Via: Gizmodo