A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China lançou a Huawei em um momento de incertezas. Por causa das sanções impostas pelo governo norte-americano à companhia, ela pode perder a licença de uso de softwares como Android e Windows. Preparando-se para um possível cenário de proibição permanente de compra de tecnologias dos EUA, a gigante chinesa intensificou o desenvolvimento do seu próprio sistema operacional para dispositivos móveis.
Espera-se que o nome da infraestrutura própria da Huawei seja “Ark OS”. De acordo com vazamentos divulgados pela imprensa internacional, a empresa apresentou o pedido de patente no Escritório Alemão de Marcas e Patentes no dia 24 de maio. Agora, foram descobertas supostas imagens anexadas no registro de propriedade intelectual do OS.
No pedido de patente, a Huawei incluiu designs de alguns elementos da interface do software, bem como imagens dos menus que a integrariam. As fotos sugerem que o “Ark OS” será completamente diferente do que a empresa vem fazendo com o visual do EMUI, a interface do Android usada nos smartphones da companhia.
Segundo declarações da empresa, ele ainda deve executar os aplicativos Android 60% mais rápido que o software do Google. O sistema também será multidispositivo, disse Yu, suportando notebooks, tablets, wearables (“acessórios inteligentes vestíveis”), televisores e até carros.
Espera-se que a Huawei divulgue mais informações ao longo dos próximos meses, antes que a suspensão do veto dos EUA termine no dia 19 de agosto. No dia 20 de maio, o governo norte-americano suspendeu por três meses o embargo que proibia a Huawei de operar no país. O prazo mais longo trouxe alívio para o setor de tecnologia, permitindo aos parceiros americanos da chinesa mais tempo para encontrar alternativas, mas a corrida da empresa contra a guerra comercial dos EUA continua intensa e incerta.
A Huawei ainda não anunciou quando vai estrear seu substituto do Android. Segundo Yu, o OS ficaria pronto na China no quarto trimestre de 2019 e seria rodado em um smartphone da marca em outros países no segundo trimestre de 2020. Na última semana, a multinacional desmentiu que o software seria lançado no próximo mês, previsão anunciada pelo diretor e vice-presidente empresarial da companhia no Oriente Médio, Alaa Elshimy.
Via: Igyaan
Esta post foi modificado pela última vez em 3 de junho de 2019 23:20