De tempos em tempos, plataformas online são vítimas de ataques DDoS, conhecidos também como ataques de negação de serviço em bom português. É uma técnica simples, que visa desestabilizar um serviço virtual entupindo-o com requisições falsas, que teve como vítima mais recente o Telegram.

Não é muito difícil explicar o que é um ataque de negação de serviço, mas o Telegram se superou com a melhor e mais simples explicação pela qual sua operação foi prejudicada no dia de hoje. Em vez de falar em bots, servidores, requisições e sobrecarga, eles preferiram dar um exemplo simples que qualquer pessoa consegue entender: fast food.

“Imagine que um exército de lemingues [pequenos roedores] acabou de entrar na sua frente na fila do McDonald’s, e cada um deles começou a pedir um Whopper [sanduíche do Burger King]. O atentendente fica ocupado falando para os lemingues que eles vieram para o lugar errado, mas há tantos que ele não consegue sequer ver você e anotar o seu pedido”.

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A explicação é brilhante porque usa conceitos simples para explicar as causas de um transtorno tecnológico e que pode confundir os usuários que podem estar preocupados com a consequência de um possível ataque hacker. Isso é importante especialmente no momento atual em que as atenções de muitos brasileiros estão voltadas para o Telegram após o vazamento de conversas envolvendo membros da operação Lava Jato, embora não haja qualquer evidência de que o aplicativo tenha sido hackeado até o momento.

O Telegram mantém sua alegoria envolvendo roedores e fast food para explicar que não há qualquer risco de segurança dos dados de usuários envolvido em um ataque de negação de serviço. “Há um lado positivo. Todos esses lemingues estão lá só para sobrecarregar os servidores com trabalho extra; eles não podem tomar seu Big Mac ou sua Coca-Cola. Seus dados estão seguros”, explica o perfil oficial do aplicativo no Twitter.

Fugindo um pouco do fast food, o Telegram também explica como um ataque DDoS normalmente se desenrola. “Para gerar essas solicitações falsas, caras maus usam ‘botnets’ formadas por computadores de usuários desavisados que foram infectados com malware em algum ponto no passado. Isso faz com que um DDoS seja similar a um apocalipse zumbi: um dos lemingues do Whopper pode ser o seu avô”.