Com a crescente preocupação acerca da disseminação de conteúdos prejudiciais e inadequados por meio do algoritmo de recomendação da plataforma, o YouTube está introduzindo mudanças em dois recursos cruciais de navegação.

Segundo uma nova postagem no blog oficial da plataforma, tópicos classificáveis e recursos de filtragem estão sendo adicionados à página inicial do YouTube e às categorias recomendadas. O objetivo é dar aos usuários mais controle sobre o que veem no site. As pessoas terão a capacidade de clicar em determinados tópicos que desejam explorar, como artesanato DIY ou vídeos de música, no topo da página inicial. O mesmo tipo de filtragem aplica-se a “up next”, que permite aos usuários selecionar mais especificamente o tipo de vídeo que desejam ver como recomendação e de quais criadores/canais.

O YouTube também está dando às pessoas mais controle sobre o tipo de vídeos que não desejam ver, ou seja, conteúdos irrelevantes para seus interesses — que são recomendados vez ou outra pelo algoritmo da empresa. Em breve, uma nova opção chamada “Não recomendar canal” estará disponível. Assim, as pessoas conseguirão ocultar vídeos de um criador ou marca específica. De acordo com o post no blog, eles ainda poderão ser encontrados na plataforma por você, mas não serão recomendados na guia ou na página inicial.

Novas ferramentas de transparência sendo lançadas com a atualização mostrarão às pessoas por que certos vídeos ou criadores de conteúdo também estão sendo recomendados.

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“Às vezes, recomendamos vídeos de canais que você nunca viu antes, com base no que outros espectadores com interesses semelhantes gostaram e assistiram no passado”, escreveu Essam El-Dardiry, gerente de produtos do YouTube, no post do blog. “Nosso objetivo é explicar por que esses vídeos aparecem em sua página inicial para ajudar a encontrar vídeos de novos canais que você possa gostar.”

Trata-se de um esforço claro do serviço para lidar com as atuais preocupações dos usuários, críticos e formuladores de políticas sobre a recomendação de conteúdo prejudicial. Veículos como o The New York Times, demonstraram como o algoritmo pode mandar as pessoas para um buraco de conteúdo nocivo (teorias da conspiração, por exemplo). Grande parte desses vídeos, não tecnicamente, fere as diretrizes ou os termos de serviço da comunidade do YouTube, portanto, eles continuam ativos.

Embora as mudanças não impliquem necessariamente em uma mudança no algoritmo da empresa, os dados que o YouTube coleta do que as pessoas querem ver ou não podem levar a alterações desse mesmo algoritmo de recomendação.

O lançamento de algumas dessas mudanças está programado para os próximos dias. Os demais ocorrerão em datas posteriores.