Para driblar uma crise causada pela escassez de enfermeiros, alguns hospitais no Texas recorreram recentemente a uma solução incomum: usar um robô chamado Moxi. Ele foi projetado e construído pela empresa Diligent Robotics para executar aproximadamente 30% das tarefas dos profissionais que não envolvem interação direta com pacientes, como deixar amostras para análise em um laboratório, e não foi criado com o intuito de substituir totalmente os enfermeiros.

O Escritório de Estatísticas do Trabalho dos EUA informa que o número de postos de trabalho para enfermeiros vai crescer 15% de 2016 a 2026, o que é muito mais rápido do que outros empregos, e que atualmente o número dos profissionais não atende à demanda.

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“Estamos ajudando-os a aumentar sua equipe”, diz Andrea Thomaz, que elaborou o projeto e anteriormente foi professora de robótica na UT Austin e na Georgia Tech, onde dirigiu o Socially Intelligent Machines Lab. “É difícil argumentar que estamos assumindo o emprego de alguém. Todo mundo está tentando fazer as enfermeiras irem mais longe”.

O Moxi é equipado com um braço robótico e um conjunto de rodas na base, e pode ser pré-programado para executar tarefas no hospital. Funciona assim: ele está ligado ao sistema eletrônico de registro de saúde da instituição e enfermeiros podem configurar regras e tarefas para que o robô receba um comando quando certas coisas mudam no registro de um paciente.

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Isso significa que os enfermeiros nem precisam se lembrar de certas tarefas que costumavam fazer parte de seu trabalho diário, o que é uma maneira significativa de reduzir sua carga cognitiva. “Eles não precisam pensar em dizer ao robô para fazer as coisas”, diz Vivian Chu, que também trabalhou no projeto do robô.

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A natureza pré-programada das tarefas de Moxi não significa que o robô nunca interaja com as pessoas. A especialização de Thomaz e Chu foi focada na interação social humano-robô, e Moxi foi cuidadosamente projetado para não ser ameaçador e transparente em suas ações. Sua cabeça apenas se move em direções semelhantes à dos humanos e os olhos sempre apontam na direção em que está se movendo, uma sugestão para que as pessoas ao redor saibam para onde o robô está indo.

Agora, com quatro programas beta de um mês completos em hospitais locais, a equipe está planejando um lançamento oficial no final deste ano em três ou quatro hospitais. Em última análise, a equipe quer aumentar a escala para construir robôs amigos do homem para outras indústrias também, embora estejam focados em assistência médica por enquanto.

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Via: FastCompany