Pouca gente sabe, mas na Espanha há um monumento de pedra megalítico quase tão antigo quanto o famoso círculo de pedras de Stonehenge, na Inglaterra. Isso porque o Dolmen de Guadalperal, como é chamado, está submerso desde 1963, quando a represa de Valdecañas foi formada pelo governo Espanhol para fornecer energia elétrica para a região.

Desde então o Dolmen pôde ocasionalmente ser visto parcialmente, quando as águas da represa baixavam, mas nunca ressurgiu inteiro. Até este verão, quando uma seca na região reduziu as águas da represa ao nível mais baixo desde sua formação, expondo o monumento por completo.

Segundo pesquisadores o monumento teria sido construído entre 2.000 e 3.000 AC, o que o torna possivel contemporâneo de Stonehenge. Ele é composto por cerca de 140 lajes de pedra colocadas verticalmente, formando um ‘salão’ oval com 5 metros de diâmetro e um corredor de acesso com 21 metros de comprimento.

Seu propósito não é claro: ele pode ter sido um templo solar, para marcar a passagem das estações, ou um local para enterro de pessoas importantes. Próximo ao local pesquisadores encontraram vestígios de uma vila, que pode ter sido habitada pelos construtores do Dolmen.

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Não é a primeira vez que secas e mudanças climáticas fazem com que maravilhas do passado ressurjam perante nossos olhos. Em junho, o baixo nível da água no reservatório de Mossul, no Iraque, fez com que o templo de Kemune, construído na idade do Bronze viesse à tona e pudesse ser explorado por arqueólogos pela primeira vez. Em agosto foi a vez de Wat Nong Bua Yai, um templo budista que foi submerso há 20 anos pela construção de um reservatório na província de Lopburi, na Tailândia.

Fonte: Gizmodo