Com menos de duas semanas para o lançamento do Pixel 4, o Google está temporariamente suspendendo o controverso programa de “pesquisa de campo”, que oferecia para americanos um vale-presente de US$ 5 em troca de uma digitalização de rosto. A coleta era feita de maneira antiética, como reportado pelo New York Daily News, enganando estudantes universitários e moradores de rua negros para participarem da coleta de dados sem consentimento total dos voluntários.

A empresa alegou que a razão para a coleta de dados faciais tinha como essência a democratização do desbloqueio facial para reconhecer diversas características faciais, uma vez que o programa estava apresentando problemas com a identificação de pessoas negras.

Porém, a maneira de conduzir as pesquisas ocorreu sem transparência, uma vez que os voluntários muitas vezes não eram avisados que estavam tendo seus rostos gravados com tal finalidade. Diante disso, o Google afirmou ao New York Times e para o The Verge que suspendeu o programa imediatamente e iniciou uma investigação depois de ler a matéria. A empresa não confirmou as alegações individuais expostas pelo jornal, mas confirmou que contratou a empresa Randstad para realizar a pesquisa, que segundo o Google, foi direcionada para agir de maneira transparente referente ao reconhecimento facial.

Vale ressaltar que o Google não suspendeu totalmente o projeto, mas apenas conteve o estudo temporariamente enquanto as investigações estão sendo realizadas. Durante este período, ele irá continuar pagando a empresa contratada, que é a principal responsável pela má-conduta na apuração dos dados.

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Notavelmente, a companhia está tentando se manter à frente depois que a procuradora da cidade de Atlanta, Nina Hickson, enviou uma carta com duras críticas ao escândalo e que foi reportada no Times: “a possibilidade de os membros mais vulneráveis da nossa população serem explorados para o avanço dos interesses comerciais da sua companhia é profundamente alarmante por inúmeras razões”, disse.

 

Via: The Verge