Desde o dia 1 de outubro, a pesquisa “mulher negra dando aula” no Google Imagens exibe resultados pornográficos. Quem percebeu isso foi a profissional de relações-públicas, Cáren Cruz, de Salvador (BA) enquanto fazia uma pesquisa de professoras negras para produzir uma aparesentação corporativa.

Cruz se surpreendeu com os resultados e ao procurar “mulher dando aula” e “mulher branca dando aula” não encontrou nenhuma imagem pornográfica. Procurado pelo Bahia Notícias, o Google Brasil afirmou que ainda não é possível entender o que ocasiona o resultado sexista e racista e que o conteúdo explícito não deveria estar disponível.

Além disso, a empresa também disse que já está trabalhando para corrigir o problema: “Vamos buscar uma solução para aprimorar os resultados não somente para este termo, como também para outras pesquisas que possam apresentar desafios semelhantes”, afirmou.

“Quando as pessoas usam a busca, queremos oferecer resultados relevantes para os termos usados nas pesquisas e não temos a intenção de mostrar resultados explícitos para os usuários, a não ser que estejam buscando isso. Claramente, o conjunto de resultados para o termo mencionado não está à altura desse princípio e pedimos desculpas àqueles que se sentiram impactados ou ofendidos”, concluiu a empresa.

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Vale lembrar que na semana passada o Google também exibiu resultados sexistas e machistas na pesquisa por “professora”, classificando no dicionário como um brasilismo para “prostituta com quem adolescente se iniciam na vida sexual”. Quando a pesquisa é “professor” os resultados são “aquele que professa uma crença” e “aquele que ensina”. A definição foi removida no dia seguinte.

Em nota enviada ao Olhar Digital, o Google indica que seus usuários “optem pelo SafeSearch, ferramenta que ajuda a filtrar conteúdo sexualmente explícito dos seus resultados.