A Telefônica Brasil e a TIM vão considerar compra de ativos da rival Oi, se eles foram colocados à venda. O presidente-executivo da TIM, Pietro Labriola, falou sobre o assunto durante a feira de telecomunicações Futurecom: “Como presidente-executivo de uma operadora de capital aberto, eu tenho o dever de acompanhar se isso gera ou não valor para meus acionistas, se estes ativos forem colocados à disposição”.

Já Christian Gebara, presidente-executivo da Telefônica Brasil, afirmou que a empresa tem interesse em avaliar a compra da operação de telefonia móvel da Oi por causa das frequências: “Esta decisão vai depender de quais frequências serão leiloadas para o 5G e quais ativos móveis serão colocados à venda, vamos analisar o panorama completo”.

O vice-presidente da Oi, Rodrigo Abreu, afirmou que a operadora vai considerar vender sua operação de telefonia móvel se receber ofertas atraentes. Além da Telefônica Brasil e da TIM; a Claro, do grupo América Móvil, também está aberta a discutir um acordo com a Oi.

Os executivos das empresas interessadas na compra de ativos da Oi enfatizaram que é muito cedo para especular sobre as regras para o leilão 5G previsto para o próximo ano, já que a Anatel ainda está conduzindo testes de interferência sobre outros serviços.

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“Vai ser um problema se isso acontecer amanhã com regras que não beneficiam a indústria ou o país… Eu ficaria satisfeito se o leilão ocorrer mais tarde, mas com as regras certas que possam garantir o retorno de nosso investimento”, disse Labriola.

O leilão está previsto para acontecer em algum momento durante o segundo semestre de 2020.

Via: Reuters