Uma equipe internacional de astrônomos identificou um exoplaneta estranho, que segundo seus cálculos, não deveria existir. Acontece que ele foi engolido inteiramente por sua estrela quando esta se transformou em uma “gigante vermelha” e, por algum motivo, o planeta sobreviveu e existe até hoje.

A descoberta aconteceu depois que examinaram as oscilações de um sistema estrelar a 364 anos-luz de distância, segundo o Futurism. A existência desse planeta pode ser um marco para a astronomia, proporcionando aos cientistas a possibilidade de repensar o que acontece com os exoplanetas depois que suas estrelas vivem e morrem.

Uma estrela se torna “gigante vermelha” no final de seu ciclo de vida ao ganhar energia extra e se expandir, distribuindo sua energia por uma área maior e ganhando um tom avermelhado. Dependendo do seu tamanho, ela pode explodir em uma supernova para formar um buraco negro ou entrar em colapso com uma anã branca (remanescente estelar composto por matéria eletronicamente degenerada) extremamente densa.

Analisando os dados do Satélite de Pesquisa em Trânsito de Exoplanetas da Nasa (TESS), o time concluiu que a estrela provavelmente engoliu seu planeta que, de alguma maneira, sobreviveu. “A análise estelar parece sugerir que a estrela está muito evoluída para ainda hospedar um planeta a uma distância orbital tão ‘curta’, enquanto a partir da análise do exoplaneta nós sabemos que ele está lá”, disse Vardan Adibekyan, co-autor do artigo e professor na Faculdade de Ciência da Universidade do Porto.

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Os astrônomos ainda investigam a hipótese de que a órbita do exoplaneta poderia ter se movido para dentro após o estágio de gigante vermelha de sua estrela, uma teoria que Adibekyan acredita ser possível.

“A solução para esse dilema científico está oculta no ‘simples fato’ de que as estrelas e seus planetas não apenas se formam, mas também evoluem juntos”, afirmou Adibekyan. O cientista ainda concluiu dizendo que o planeta conseguiu evitar se envolver, configurando o caso como muito particular.

 

Via: Futurism