O uso de equipamento de realidade aumentada (RA) para o auxílio em cirurgias, desenvolvido pela startup Augmedics, recebeu autorização da Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, para servir como material auxiliar durante procedimentos cirúrgicos.

O óculos da Augmedics dá aos médicos uma “visão raio-x” sobre a anatomia da coluna vertebral dos pacientes e, cada vez mais, médicos estão apostando em equipamentos de RA para auxiliar e planejar os procedimentos cirúrgicos. Por esse motivo, os dispositivos ganharam mais versões no mercado e são desenvolvidos por startups ou empresas antigas no ramo, como a Philips, que criou uma tecnologia RA para procedimentos minimamente invasivos.

A tecnologia da Augmedics pode exibir tomografias computadorizadas através de óculos transparentes. Assim, em vez de ter que acompanhar uma tela, os cirurgiões podem usar instrumentos e implantes enquanto olham diretamente para o paciente. O dispositivo também possui uma câmera que determina a posição dos instrumentos cirúrgicos, com uma trajetória sobreposta aos dados da tomografia computadorizada.

Um estudo de laboratório realizado com o Rush University Medical Center testou a precisão dos dispositivos de realidade aumentada. Para isso, os pesquisadores colocaram 93 parafusos nas áreas torácica e sacro-lombar de cadáveres, mostrando 98,9% de precisão ao comparar a posição real e a trajetória dos parafusos contra a posição virtual.

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“O Xvision (headset) da Augmedics fornece uma visualização 3D da anatomia da coluna vertebral do paciente, juntamente com imagens de tomografia ao vivo com uma tela de retina, que está mudando o jogo”, afirmou Dr. Frank Phillips, pesquisador do estudo e professor de cirurgia ortopédica no Rush University Medical Center.

Dr. Phillips também afirmou que a precisão dessa tecnologia permite “ver a coluna vertebral” do paciente através da pele em procedimentos minimamente invasivos, algo diferente das cirurgias atuais.

A Augmedics planeja começar a distribuir seu headset a partir de 2020. No futuro, a empresa planeja considerar aplicações adicionais para seus dispositivos além da cirurgia na coluna vertebral.

“[O Xvision] fornece aos cirurgiões as informações de que precisam, diretamente dentro do campo de visão, para instilar confiança tecnológica no fluxo de trabalho cirúrgico e ajudá-los a realizar seu trabalho com a mesma eficácia e segurança”, diz Nissan Elimelech, CEO e fundador da startup.

 

Via: Medcity News