Cientistas confirmaram que o ano de 2019 foi o segundo ano mais quente já registrado, de acordo com dados do Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas da Europa, divulgado nesta quarta-feira (8).

“2019 foi outro ano excepcionalmente quente. De fato, foi o segundo mais quente do mundo em nosso conjunto de dados, com muitos dos meses individuais quebrando recordes”, afirmou Carlo Buontempo, chefe do Serviço de Mudança Climática do Copernicus, em comunicado.

De fato, o ano de 2019 bateu recordes. Setembro foi praticamente um forno em todo o mundo. O mesmo aconteceu com junho e julho, sendo que julho foi o mês mais quente já registrado na Terra. A onda de calor na Europa quebrou alguns dos mais antigos recordes de temperatura do mundo. Os Estados Unidos também lidaram com uma forte onda de calor. Nem mesmo o Ártico escapou.

A temperatura média anual de 2019 foi 0,6°C maior que a média entre 1981 e 2010. Isso coloca o ano passado apenas 0,04°C mais frio que 2016, o ano mais quente da história. Os últimos cinco anos foram os cinco mais quentes já registrados. Esse calor é um dos sinais mais reveladores do impacto que a poluição de carbono causa em nosso planeta. E este é apenas o começo.

publicidade

Reprodução

Grandes partes do Ártico sofreram com temperaturas acima do normal. O Alasca teve seu ano mais quente já registrado e estabeleceu outras marcas estranhas, como o primeiro dia de 90°F (ou 32,2°C), em Anchorage. O estado também sofreu com grandes incêndios florestais, assim como a Sibéria e a Groenlândia, que normalmente estão congeladas. O assentamento mais ao norte da Terra, por sua vez, atingiu 21,1°C, também pela primeira vez.

O calor também se espalhou pelo leste e sul da Europa, sul da África e Austrália, país onde o calor recorde e a seca prolongada criaram condições perfeitas para os devastadores incêndios que seguem acontecendo. As previsões das mudanças climáticas mostram também que, com mais calor, mais fogo ocorrerá no futuro.

A última década foi a mais quente da história, e a próxima pode ser ainda pior. As consequências mortais do nosso mundo em aquecimento já estão evidentes. E, a menos que os líderes mundiais abram mão do nosso atual modelo econômico baseado no consumo de combustíveis fósseis, estamos caminhando em direção a um mundo sufocante e muito mais aterrorizante.

Via: Gizmodo