Astrônomos do observatório LIGO detectaram, pela segunda vez na história, as ondulações cósmicas emitidas por uma colisão brutal entre duas estrelas de nêutrons. A captura das ondas gravitacionais emitidas pela fusão ocorreu em abril do ano passado, mas os cientistas não foram capazes de confirmar sua fonte até recentemente.

A fusão é incomum, pois a massa das duas estrelas envolvidas no fenômeno é muito maior do que o esperado – potencialmente dando aos astrônomos novas pistas sobre o mistério de como essas estrelas se formam e mudam ao longo do tempo.

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A primeira observação desse tipo, realizada em agosto de 2017, fez história por representar a primeira vez que ondas e luz gravitacionais foram detectadas a partir do mesmo evento cósmico. A fusão presenciada em abril, por outro lado, não resultou na detecção de luz.

No entanto, analisando apenas os dados das ondas gravitacionais, os pesquisadores descobriram que a colisão produzia um objeto com massa extraordinariamente alta. No vídeo abaixo, é possível ver uma simulação de como o processo ocorre.

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Estrelas de nêutrons são os remanescentes de estrelas moribundas que sofrem explosões catastróficas à medida que entram em colapso no fim de suas vidas. Quando duas estrelas entram nesse processo juntas, elas passam por uma fusão violenta que envia ondas gravitacionais através do tecido do espaço e do tempo.

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Com base nos dados do LIGO, que foram submetidos ao The Astrophysical Journal, o sistema estelar de nêutrons binários distantes possui uma massa significativamente maior do que qualquer par encontrado em nossa galáxia.

Para entender isso, os pesquisadores provavelmente precisarão aprender novos modelos que expliquem o emparelhamento extraordinariamente pesado. “A partir de observações convencionais com luz, já conhecíamos 17 sistemas binários de estrelas de nêutrons em nossa própria galáxia, e estimamos a massa de cada uma delas”, afirmou Ben Farr, membro da equipe do LIGO da Universidade de Oregon.

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“O que é surpreendente é que a massa combinada desse binário é muito maior do que o esperado”, completa.

Via: Futurism/ SciTechDaily