Um satélite militar russo desapareceu de órbita em 23 de dezembro e um especialista norte-americano acredita que ele possa ter explodido.

O satélite foi lançado em dezembro de 2013 como “carga não declarada” a bordo um lançador Rokot, junto com outros três satélites militares, e posteriormente recebeu a designação Kosmos-2491.

Sua missão, nunca detalhada, aparentemente se encerrou em 2014 e o Kosmos-2491 permaneceu em silêncio desde então. Mas às 10:21 do dia 23 de dezembro de 2019 ele fez uma manobra súbita, acelerando a 1,5 m/s, e então desapareceu dos radares. Em seu lugar, dez novos objetos classificados como “lixo espacial” foram encontrados.

Em sua conta no Twitter o astrônomo Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, especula que o satélite se desintegrou após ser atingido por lixo espacial, destruição proposital ou uma explosão acidental, envolvendo as baterias ou combustível residual nos tanques. Segundo ele, explosões não são incomuns em satélites desativados que não esgotam o propelente em seus tanques.

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A espaçonave chamou a atenção do ocidente pois, junto com duas outras do mesmo tipo, era capaz de realizar manobras nunca vistas, se aproximando a algumas dezenas de metros de distância de outros satélites.

Analistas acreditam que se tratava de um “satélite assassino”, projetado para espionar, ou destruir, outros veículos em órbita. Alegação que foi negada por Oleg Ostapenko, diretor do programa espacial russo, durante uma coletiva de imprensa em 2014.

Fonte: Metro