O Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, já fez em cerca de quatro meses quase tantas vítimas quanto o H1N1 durante um surto que durou 16 meses entre 2009 e 2010. Na época foram 18.449 mortes (2.160 delas no Brasil), segundo dados da OMS. Já a Covid-19 vitimou 17.241 pessoas em todo o mundo, 34 delas no Brasil, segundo os números mais recentes.

Há vários fatores que explicam o alto número de mortes na atual pandemia. Quando o surto de H1N1 começou, o vírus já era conhecido, e havia tanto medicamentos para o tratamento (como o Tamiflu e Relenza). O vírus era mais similar ao vírus da gripe que já circulava, o que conferia imunidade a certa parcela da população, e uma vacina em desenvolvimento, que foi distribuída à população já em 2010.

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Não há até o momento nem vacina, nem um tratamento eficaz contra o Sars-CoV-2. O melhor que pode ser feito é controlar os sintomas mais graves (como pneumonia) e esperar que o organismo se livre naturalmente do invasor. Infelizmente, para muitas pessoas, não há tempo hábil para que isso aconteça.

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Além disso, o aumento da globalização facilitou a disseminação da Covid-19. “O número de viagens é ainda maior, a globalização é ainda maior. Quase o mundo inteiro, menos a Antártica, tem casos. Favorece a disseminação”, disse Cristiana Meirelles, infectologista pediátrica formada no Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz ao UOL.

De acordo com a OMS, a letalidade do Sars-CoV-2 é de 4,31%, levando em consideração os casos oficiais. Na época, a letalidade do H1N1 era estimada em 2,8%. Entretanto, estudos posteriores sugerem um número muito maior de casos, o que colocaria a letalidade em 0,026%.

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Fonte: UOL