O Exército do Estados Unidos realizou, na semana passada, um teste com seu novo canhão de longo alcance (Extended Range Cannon Artillery, ou ERCA) e atingiu um alvo a 64 km de distância no deserto do Arizona. A nova arma, que tem sua precisão guiada por um GPS, mais do que dobra a capacidade da artilharia atual.

“Ela fornece aos comandantes opções de ataque que afetam o desenvolvimento de estratégias e táticas de combate, como a possibilidade de atacar helicópteros e sistemas aéreos não tripulados [drones], além de perseguir alvos que estão mais fundo no campo de batalha”, explicou o general Joseph Martin, vice chefe do Estado-Maior do Exército.

O novo canhão ERCA, disparado a partir de um protótipo de obus chamado M1299, possui um cano mais longo e um novo propulsor. Os primeiros modelos operacionais estão programados para serem entregues ao Exército em 2023. Os desenvolvedores explicam que o sistema ERCA atualiza a culatra e a metalurgia do tubo, altera a hidráulica e usa um novo projétil de jato de ramificação.

Extended Range Cannon Artillery fire March 6, 2020

U.S. Army Yuma Proving Ground successfully conducted two separate test fires of both the Excalibur precision guided munition and the XM1113 rocket-assisted high explosive projectile from a Prototype 0 XM 1299 self-propelled howitzer earlier today. Both Excalibur projectiles achieved a 65 kilometer precision hit, and both XM 1113 projectiles achieved a 65 kilometer range. Among those on hand to witness the test were Army Vice Chief of Staff Gen. Joseph Martin, Army Test and Evaluation Command Commanding General Maj. Gen. Joel Tyler, and Long Range Precision Fire Cross Functional Team Director Brig. Gen. John Rafferty, as well as local and national media representatives.

Publicado por Yuma Proving Ground em Sexta-feira, 6 de março de 2020

Segundo os especialistas das Forças Armadas, uma arma com esse alcance poderia destruir fortificações de tropas inimigas, bunkers, centros de comando e controle ou colunas de veículos blindados, mantendo os soldados em distâncias mais seguras. A capacidade de atingir drones e helicópteros inimigos a partir de posições de artilharia de fogo terrestre a longas distâncias permite ainda o avanço das forças terrestres.

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O sistema está sendo projetado com o objetivo de integrar aplicativos de Inteligência Artificial à medida que novas tecnologias e algoritmos se tornam disponíveis. “É claro que os seres humanos estariam no controle das decisões sobre força letal, mas sensores habilitados para IA, sistemas de direcionamento e controle de incêndio podem agregar, organizar e transmitir informações cruciais”, afirma Martin.

Via: Fox News/Business Insider