Além de procurar uma cura para o novo coronavírus, especialistas do mundo todo pensam em maneiras de mensurar o tempo para que a epidemia acabe. Pesquisadores da Universidade de Tecnologia e Design de Singapura (SUDT) parecem ter a resposta.

Usando um modelo matemático conhecido como SIR (Suscetível, infectado e recuperado), os especialistas conseguiram calcular o período de propagação e recuperação da doença. Segundo os cálculos, que se basearam nos casos confirmados, testes positivos e mortes, o ciclo de vida do novo coronavírus pode durar até dezembro.

A estimativa varia entre países. Para o Brasil, por exemplo, a previsão, se estiver correta, é, de certa forma, otimista. A suposição por aqui é de que 97% da pandemia será controlada em junho. No entanto, esse percentual só deve chegar em 100% no mês de setembro.

Vale lembrar que os pesquisadores não garantem que o sistema seja totalmente preciso, já que o modelo e os dados não conseguem capturar a complexidade e a natureza dinâmica da doença. Porém, eles acreditam que as previsões podem servir como uma forma de apoiar um planejamento proativo que evita bloqueios tardios ou relaxamentos muito antecipados.

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Cálculos realizados

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A evolução das pandemias segue um modelo pré-definido. Com o primeiro passo sendo o início do surto, seguindo para a aceleração do pico de infecção e, por fim, a diminuição dos casos até que desapareça. Todos esses estágios são influenciados por políticas governamentais e ações individuais de cada país.

Tendo isso em mente, a equipe da SUTD entendeu que poderia usar a ciência de dados para prever o ciclo de vidas do novo coronavírus.

Cautela nas previsões

Os pesquisadores enfatizam que as previsões devem ser tratadas com cautela. O excesso de otimismo poderia diminuir prematuramente a disciplina, fazendo com que a pandemia se estenda mais do que o necessário.

Além disso, eles alertam que não há como antecipar os efeitos de decisões políticas – e nem prevê-las. Por exemplo, a iniciativa adotada em Singapura de estender seu bloqueio poderia achatar a curva mais cedo do que o previsto; enquanto o relaxamento precoce do distanciamento social dos EUA poderia atrasar o fim da pandemia.

Via: The Next Web