Quando o último ônibus espacial, o Atlantis, foi aposentado em 2011, os EUA perderam a capacidade de enviar astronautas ao espaço. E durante os nove anos seguintes, até o lançamento da missão Demo-2 da SpaceX em 30 de maio, dependeram de foguetes russos para chegar à Estação Espacial Internacional.

Foi algo que Dmitry Rogozin, chefe da agência espacial russa (Roscosmos) deixou bem claro em uma declaração em 2014, quando disse que sem eles os EUA teriam de “enviar astronautas à ISS usando um trampolim”.

Mas a vingança é um prato que se come frio. Logo após o sucesso da Demo-2, Elon Musk alfinetou Rogozin de volta durante uma conferência de imprensa, dizendo que “o trampolim está funcionando”. A resposta não caiu bem, e Rogozin criticou as declarações dos EUA em um artigo publicado na edição russa da Forbes.

“Quando nossos parceiros finalmente conseguiram realizar um teste bem-sucedido de sua espaçonave, não houve nada além de piadas e zombaria dirigida a nós”, protestou o diretor. “Nosso país foi o primeiro a enviar um homem ao espaço. E continuamos os primeiros até hoje”, disse.

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Rogozin afirmou que a Nasa deveria estar feliz pela Rússia ter aceitado o “fardo colossal” de preservar a vida da Estação Espacial Internacional nos últimos nove anos. “As pinturas de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Ticiano não tem preço, porque são únicas e propriedade da humanidade. E também foi única a oportunidade que demos aos Americanos de levar astronautas à Estação Espacial”, afirmou.

Fonte: Futurism