Uma equipe de pesquisa criada formada pelo Tencent AI Lab e um grupo de cientistas chineses elaborou um modelo baseado em aprendizado profundo que pode prever o risco de pacientes com o novo coronavírus desenvolverem um agravamento no caso. Os detalhes da pesquisa foram publicados na Nature Communications.

Uma calculadora online baseada no modelo tem ajudado na triagem de pacientes, identificando os que possuem um maior risco de apresentar doenças graves em 5, 10 e 30 dias, usando dez variáveis ​​clínicas. No desenvolvimento da ferramenta, foram acompanhados 1.590 pacientes de 575 centros médicos – o modelo ainda foi validado em testes com outros 1.393 pacientes de três cidades diferentes.

Embora o foco esteja na pandemia da Covid-19, objetivo de longo prazo do laboratório Tencent é “utilizar big data e Inteligência Artificial para a triagem, prevenção e controle e alerta de surtos, doenças respiratórias e doenças torácicas”.

A Tencent é uma das maiores empresas de tecnologia do mercado, sendo a controladora do maior portal chinês, o QQ.com; do aplicativo de mensagens mais popular, o WeChat; e é ainda a maior empresa de games do mundo, sendo a dona da Riot Games e acionista da Epic Games, Blizzard/Activision e SuperCell, entre outras.

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“Com nossa enorme capacidade de atendimento ao usuário, implantação de tecnologia segura e rápida suportada pela Tencent Cloud e os eficientes recursos de triagem da nossa ciência médica, a Tencent está bem posicionada para ajudar a equipe do Dr. Zhong Nanshan [consultor médico sênior do país para a Covid-19] em suas pesquisas de longo prazo e obter melhores resultados de seus esforços de prevenção de epidemias”, afirma uma nota oficial da empresa.

Outra gigante chinesa, a Alibaba, também utilizou aprendizado de máquina para criar uma ferramenta para que instituições possam prever a expansão da Covid-19, com uma alegada taxa de precisão de 90%. O Baidu forneceu um algoritmo de código aberto para análise estrutural viral, alegando que o processo é 120 vezes mais rápido que o método tradicional.

Via: TechCrunch