Cientistas chineses decidiram repaginar o antigo jogo Go adicionando um pouco de física quântica a ele. Agora, em vez de pequenas pedras pretas e brancas como peças, o jogo conta com pares de fótons emaranhados. Apesar de ser apenas um experimento, a nova versão de Go pode marcar o início de uma era de jogos quânticos.

O Go é um jogo chinês milenar baseado em estratégia. Ainda que possua regras simples, seu funcionamento é bastante complexo, o que chamou a atenção de pesquisadores de inteligência artificial. Resumidamente, dois jogadores posicionam alternadamente suas peças para preencher, de forma aleatória, as intersecções vazias do tabuleiro e capturar as peças do adversário, a fim de reivindicar território.

Bom, ao menos isso é o que acontece em uma partida tradicional de Go, visto que, na versão quântica, o uso de fótons introduz novas camadas de aleatoriedade, o que torna tudo ainda mais complexo.

Com os fótons, que são basicamente os quantuns da radiação eletromagnética, a simplicidade das pedras dá lugar ao possível emaranhado que pode se formar quando dois fótons se aproximam.

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Sendo assim, quando um dos jogadores coloca dois fótons no tabuleiro, ambos permanecem emaranhados até que outro fóton seja colocado ao lado deles para separá-los.

A regra é que, enquanto houver o emaranhado de dois fótons de um mesmo jogador, o adversário não poderá capturá-los. Portanto, um jogador não saberá se um fóton está emaranhado com outro até tentar a jogada, o que o obriga a adicionar cada vez mais peças ao tabuleiro.

Vale lembrar que estamos falando de uma escala minúscula, invisível ao olho humano e, consequentemente, ainda mais desafiadora.

Via: Futurism