A colonização da Lua e Marte consiste em muito mais desafios do que apenas a viagem espacial em si. Quem for viver em qualquer um dos lugares, precisa de proteção contra radiação e meteoritos. Para tal, cientistas italianos estão considerando o interior dos tubos de lava para a habitação humana, em vez de construir bolhas de vidro.

Um novo estudo indica que há muito espaço dentro de cavernas de lava lunar e marciana. Essas formações são semelhantes a um lago congelado: elas ficam mais frias do lado externo e endurecem, enquanto no lado interno continuam líquidas com a lava fluindo, criando um tubo. A pesquisa foi publicada na revista Earth-Science Reviews.

“Os pesquisadores descobriram que os tubos marciano e lunar são respectivamente 100 e 1.000 vezes mais largos que os tubos de lava na Terra, que normalmente têm um diâmetro de 10 a 30 metros”, declarou a Universidade de Bolonha, em comunicado, acrescentando que a gravidade mais baixa na Lua e Marte ajudou esses tubos a ficarem enormes.

Reprodução

publicidade

Colônias em Marte precisarão de proteção contra radiação e meteoritos. Foto: Reprodução

Análise científica

A equipe comparou dados sobre tubos de lava da Lua e de Marte com tubos similares (embora menores) na Terra. A análise sugere que muitas das cavernas da Lua provavelmente têm interiores intactos e estáveis que os tornam particularmente atraentes para futuras explorações. 

“Os tubos de lava podem fornecer escudos estáveis contra a radiação cósmica e solar e os impactos de micrometeoritos que ocorrem frequentemente nas superfícies dos corpos planetários”, disse o principal autor do estudo, Francesco Sauro. “Além disso, eles têm um grande potencial para proporcionar um ambiente em que as temperaturas não variam do dia para a noite”, completou.

A Nasa pretende visitar primeiro os tubos de lava lunares, antes de se dirigir a Marte. Em 2019, a agência espacial enviou um robô chamado Moon Diver para explorar os tubos de lava no Havaí.

Via: Cnet