O Facebook ganhou, na semana passada, o direito de ter um representante da empresa como conselheiro na Fundação Linux. Kathy Kam, diretora de código aberto, foi a escolhida para ocupar o cargo.

A empresa de Zuckerberg foi uma das principais empresas a declarar abertamente o uso e a confiabilidade no sistema Linux como plataforma base. Não é por menos, a maioria das ferramentas e aplicativos web são feitos no Linux e usam software open source. 

Dentre os exemplos está o framework “React”, acervo em JavaScript, de código aberto, que facilita a criação de interfaces e páginas web. Outro mecanismo usado pelo Facebook, é o “Open Compute Project”, que compartilha projetos de servidores com grande eficiência para data center. Por fim, o “Linux cGroup2” ajuda a limitar e isolar o uso de alguns recursos nos processos do hardware, ideal para testes de desempenho.

A rede social também emprega diversos desenvolvedores e analistas das linguagens de programação Presto, GraphQL, Osquery e ONNX. Todas elas podem ser utilizadas no Kernel do Linux, facilitando a criação de produtos por meio do sistema. Todos esses fatores influenciaram na inserção da empresa nos conselheiros Platinum da Fundação Linux.

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Kathy Kam

Apesar do grupo de código aberto do Facebook ser membro da Fundação há bastante tempo, a posição de Kam é um movimento importante, já que se trata de ocupar um nível mais alto dentro da organização. Kam é líder em engenharia, especialista em relacionamento com desenvolvedor, gerenciamento de produto há 20 anos, além de vasta experiência em código aberto. De acordo com o currículo, ela também já passou por empresas como Google e Microsoft. 

“O Linux formou a espinha dorsal de algumas das primeiras infraestruturas do Facebook. É por isso que estamos entusiasmados em fazer nossa parte do patrocínio da Linux Foundation no mais alto nível”, afirmou Kam. “A Linux Foundation desempenhou e continua a desempenhar um papel fundamental no sucesso contínuo não só do Linux, mas também de ecossistemas com código aberto mais amplo”.

Projetos em código aberto

  • “Deepfake Detection Challenge”: busca desenvolver uma inteligência artificial que facilite a detecção de vídeos no estilo deepfake. Ferramenta serve para inserir famosos, por meio de seus rostos e vozes, em vídeos que nunca participaram anteriormente e de forma extremamente realista;
  • “PyTorch”: recurso desenvolvido pelo Facebook, que possui o objetivo de acelerar o ritmo de aprendizado de máquina;
  • “Facebook Connectivity”: leva acesso à internet de forma rápida para as regiões mais carentes do mundo. 

Fonte: ZDNet