Recentes análises da qualidade de conexão da tecnologia 5G evidenciaram disparidades entre nações desenvolvidas. Os EUA apresentaram uma média de velocidade de download consideravelmente menor que de países como a Arábia Saudita e a Coreia do Sul, por exemplo.

De acordo com o estudo apresentado pela OpenSignal, empresa de análise e estatística de tecnologia, as melhores métricas foram registradas principalmente na Ásia e no Oriente Médio.

A Arábia Saudita apresentou os melhores resultados entre os países analisados. Com uma média de transferência de download de pouco mais de 400 Mbps, o valor chega a ser 14 vezes mais elevado que a média na conexão 4G do país.

 

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Crédito: OpenSignal

 

Velocidade de conexão nos EUA

Por outro lado, a velocidade de conexão nos EUA teve resultados abaixo das melhores médias mundiais. A média de velocidade de download em todo o país foi de 50 Mbps, sendo pouco menos de duas vezes mais veloz que o 4G local.

O baixo resultado norte-americano tem explicações. As grandes operadoras de telecomunicações do país investiram em conexão de frequências de banda baixa: este modelo de infraestrutura permite maior alcance do sinal, uma vantagem em um país de grandes dimensões, com um território fortemente povoado.

No entanto, esta configuração reduz a velocidade média da conexão. A mesma estratégia foi utilizada na estruturação da rede 4G no país, o que também resultou em velocidades menores que as médias internacionais.

Reprodução

Velocidade de conexão nos EUA teve resultados abaixo das melhores médias mundiais. Foto: spainter_vfx / iStock

Embate político internacional

A implementação das redes 5G em todo o mundo tem sido alvo de uma intensa disputa política entre potências ocidentais e orientais. O presidente norte-americano Donald Trump, por exemplo, tem usado de seu poder e influência internacional para barrar a entrada da Huawei em diferentes mercados de infraestrutura tecnológica, como no Brasil e no Reino Unido.

Neste momento, ainda vive-se um estágio embrionário do desenvolvimento desta tecnologia que tem potencial de mudar a forma que interagimos com o ambiente digital e com o mundo ao nosso redor.

Fonte: Ars Technica