Todas as previsões apontam para uma vacina contra Covid-19 que pode começar a ser distribuída ainda neste ano. Depois dos EUA alertarem estarem estados para que estejam prontos para campanhas de vacinação entre outubro e novembro, agora é a vez da União Europeia prometer distribuição da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford a partir de novembro.

Segundo a agência de notícias Ansa, a Comissão Europeia prevê doses para distribuição pelo continente em menos de três meses, mesmo que os experimentos clínicos e os resultados definitivos só estejam programados para serem entregues em junho de 2021. A vacinação seria feita com base em resultados nos resultados preliminares acumulados até novembro.

A União Europeia já tem um acordo assinado desde agosto para ter acesso a 300 milhões de doses da vacina. O acerto também prevê a opção de aquisição de mais 100 milhões de doses se as autoridades julgarem interessante.

A Europa tem o objetivo de garantir o acesso universal à vacina, mas deve ter alguns problemas para isso em um primeiro momento. As 400 milhões de doses negociadas devem ser suficientes para vacinar 200 milhões de pessoas, considerando que a vacina de Oxford precisa de duas doses. É pouco menos de 40% da população do bloco.

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A vacina de Oxford é uma que está mais avançada não apenas nos testes, mas também nos acordos de distribuição. Já há acertos fechados para entregas para os Estados Unidos e para o Brasil, que reservou até 100 milhões de doses. A vacina também é parte do programa Covax, que visa distribuir vacinas para mercados subdesenvolvidos, para tentar evitar a competição pelo produto. Para acelerar a entrega, a AstraZeneca assumiu o risco e começou a produzir as doses muito antes dos resultados definitivos.