A startup de computação quântica Xanadu lançou na quarta-feira (2) sua plataforma de nuvem quântica. Agora, os desenvolvedores podem acessar os processadores quânticos fotônicos baseados no gate da empresa, com chips de 8 ou 12 qubit.

A Xanadu espera ‘quase dobrar’ o número de qubits disponíveis em sua nuvem a cada seis meses e permitirá que empresas, desenvolvedores e pesquisadores criem soluções inovadoras para problemas em finanças, química quântica, aprendizado de máquina e análise gráfica.

“Acreditamos que fotônicos oferecem a abordagem mais viável para a computação quântica tolerante a falhas universais com a capacidade do Xanadu de conectar um grande número de processadores quânticos em rede”, disse Christian Weedbrook, fundador e CEO da Xanadu. 

A Xanadu é sediada em Toronto, Canadá, e tem desenvolvido computadores quânticos baseados em fotônica desde sua fundação, em setembro de 2016. Seus processadores quânticos operam em temperatura ambiente e podem ser integrados à infraestrutura de telecomunicações baseada em fibra óptica.

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Sede da Xanadu em Toronto, Canada. Créditos: Xanadu

A computação quântica aproveita os qubits. Ao contrário dos bits que só podem estar em um estado de 0 ou 1, os qubits também podem estar em uma sobreposição dos dois para realizar cálculos que seriam muito mais difíceis para um computador clássico.

“A computação quântica tem o potencial de resolver problemas que antes apenas sonhávamos em resolver”, comentou Seth Lloyd, consultor científico chefe de Xanadu, no ano passado, quando a startup levantou U$ 32 milhões de dólares.

Outros projetos 

No fim de 2019, a Xanadu garantiu uma bolsa da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) para testar o desempenho de algoritmos de aprendizado de máquina quântica (QML) em hardware de computação quântica disponível atualmente.

Usando os Beatles como tema, a startup é conhecida pelo desenvolvimento de PennyLane, uma biblioteca de software de código aberto para aprendizado de máquina quântica, computação quântica e química quântica. E Strawberry Fields, sua biblioteca Python de plataforma cruzada para simular e executar programas em hardware fotônico quântico.

Ambas as ferramentas de código aberto estão disponíveis no GitHub e têm uma comunidade crescente que promove tutoriais e materiais educacionais para todos os interessados em desenvolver e experimentar aplicativos quânticos.

Olhando para o futuro, a Xanadu também está explorando a comunicação segura e a rede quântica, “uma área que a fotônica está destinada a dominar”. A empresa prevê “uma gama global de computadores quânticos fotônicos, conectados em rede por uma Internet quântica”.

 

Fonte: Venture Beat