A startup francesa Storelift desenvolveu um novo conceito de armazenamento automático apelidado de Boxy. Baseado em Inteligência Artificial, essas lojas utilizam algoritmos de visão computacional, o que reduz os custos operacionais de um ponto de venda tradicional. Além de oferecer acesso rápido e fácil a produtos essenciais, o estabelecimento não fecha.

Após ter arrecadado 5 milhões de euros, a empresa anunciou o lançamento das suas duas primeiras lojas. Localizadas em dois subúrbios de Paris: Port de Gennevilliers e no parque Icade Rungis. “Nossa visão é realmente abordar todas as áreas da cidade, onde há 10 mil pessoas que não têm loja de conveniência”, disse o CEO e cofundador da Storelift, Tom Hayat. “Queremos estar o mais próximo possível dos clientes”.

As tendas Storelift são projetadas sob medida, cobrindo uma área de 15 m² e requerem apenas uma tomada elétrica para funcionar. Cada uma abriga entre 250 e 300 produtos, com reabastecimento diário gerenciado pela própria Storelift.

Boxy Shopping

Para fazer compras na Boxy, é muito simples. Os clientes devem baixar o aplicativo – compatível com Android e iOS – no celular. Ao acessar a loja, um QR code estará disponível para que o sistema reconheça o usuário.

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A partir desse momento, o celular não é mais necessário: a tecnologia desenvolvida pela empresa é capaz de detectar automaticamente os produtos selecionados em tempo real. Cada uma das prateleiras da loja possui sensores de peso, que ajudam a verificar se os produtos estão no carrinho de compras.

Os algoritmos de visão computacional permitem a detecção e reconhecimento de objetos em referências na loja. Além disso, sensores de peso desenvolvidos inteiramente pela startup são instalados nas prateleiras para confirmar cada produto escolhido. 

Quando um cliente deixa a loja após consumir algo, o recibo digital é enviado para o celular e o valor é cobrado na conta bancária. Para garantir a segurança e a privacidade do cliente, o sistema gerencia dados localmente, não coleta dados pessoais sem o conhecimento do cliente e a tecnologia não usa reconhecimento facial.

“Podemos ter um impacto real no dia a dia dos consumidores”, disse Hayat. “Com nossa tecnologia, podemos dar às pessoas acesso a uma loja de conveniência pelo preço certo”.

Fonte: VentureBeat