Com tantos veículos autônomos já ativos ao redor do mundo, é de se imaginar que, algum dia, os aviões também funcionarão sem operação humana. Apesar de parecer algo futurístico, uma empresa estadunidense já está testando aviões modificados que voam sem a necessidade de um piloto.

A empresa em questão é a Xwing, com base em São Francisco, que recebeu a aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA, em inglês) para testar seus voos comerciais de carga sem pilotos.

publicidade

“O futuro do transporte aéreo é autônomo”, afirmou Marc Piette, CEO e fundador da Xwing. “Acreditamos que o caminho para a autonomia total começa com o mercado de carga aérea, e envolve operadores remotos supervisionando frotas de aeronaves não tripuladas”, continuou.

Ainda que a Xwing só tenha revelado seus planos recentemente, a empresa já realizou diversos voos autônomos em aviões Cessna 208 Caravan modificados. Este avião, em sua estrutura tradicional, é comumente utilizado para cargas regionais e missões humanitárias. Por possuir certificação da FAA desde 1984, o modelo permite que a empresa avance nos testes com mais facilidade.

publicidade

Reprodução

Avião Cessna 208B Caravan. Imagem: nitinut380/Shutterstock

publicidade

Tanto é que a Xwing recebeu o certificado Parte 135 de Transportadora Aérea da FAA, que dá à empresa o aval para operar voos comerciais de carga com sua própria frota a partir dos próximos meses.

Vale lembrar, no entanto, que a Xwing testa seus voos autônomos com um piloto humano a bordo para retomar o controle em caso de emergência. Nisso, a Reliable Robotics, startup que também quer automatizar aviões, está à frente, visto que colocou no ar o mesmo modelo Cessna 208 Caravan, porém sem tripulação alguma.

publicidade

Por mais que pareça precipitado, os aviões autônomos estão, de fato, a caminho – e não é à toa: segundo a FAA, o setor vive uma redução de 30% no número de pilotos qualificados nos últimos 30 anos. Além disso, o crescimento da logística e do e-commerce demandam uma carga enorme ao transporte aéreo.

 

Via: ZDNet